A Resistência Política em Almada, antes e depois do 25 de Abril

Uma iniciativa de Bibliotecas Humanas, para partilha de conhecimento e experiências

Nesta sessão da iniciativa “Bibliotecas Humanas”, que se realiza dia 18 de Abril entre as 15h e as 18h, na Biblioteca Central, irá debater-se e ouvir histórias pessoais sobre a resistência política dos almadenses.

Qual foi a importância do movimento associativo na resistência política? Em que medida cada almadense resistiu ao fascismo e contribuiu para a democracia que se instaurou com o 25 de abril? Vamos conversar com os almadenses sobre estas e outras questões. A moderação está a cargo de Davide Freitas e Luís Barradas.

A actividade “Bibliotecas Humanas” é uma iniciativa da Rede de Bibliotecas Municipal, tem periodicidade mensal e realiza-se durante a semana, das 15h às 18h. Esta é a sua quarta edição, sendo que a primeira aconteceu a 18 de Janeiro com o tema “Profissões e trabalho antes e depois do 25 de Abril em Almada”. Inserida nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, pretende partilhar experiências e conhecimento sobre a comunidade local

Caso queira assistir, partilhar a sua história ou conversar sobre as suas vivências e memórias relacionadas com as coletividades almadenses, terá de fazer marcação prévia com o Davide Freitas, utilizando o mail biblactividades@cm-almada.pt ou o telefone 212 724 920.

O que são bibliotecas humanas

A “Biblioteca Humana” é uma metodologia de inovação social de origem dinamarquesa que assenta no storytelling , ou acto de contar histórias. Implementada actualmente em mais de 80 países, deu origem a uma organização, a Human Library Organization. A primeira “Biblioteca Humana” foi organizada em 2000 no Roskilde Festival. A ideia original foi desenvolvida pela ONG dinamarquesa Stop the Violence, como uma das actividades oferecidas aos participantes no festival.

Uma biblioteca humana é um conjunto de livros orgânicos, únicos e em constante transformação. Cada pessoa representa um livro vivo, uma história real a ser partilhada na primeira pessoa, que enriquece o colectivo e valoriza o indivíduo. O conhecimento adquirido através da vivência, é partilhado com terceiros através da narração, escuta, troca de experiências, perguntas e diálogo informal. Na construção deste diálogo, projecta-se a desconstrução de preconceitos, a partilha, o conhecimento de si e do outro. Pessoas de diferentes idades, sexos, origens e competências são assim chamadas a participar, ter uma voz na vida colectiva e, na transmissão do saber. A “Biblioteca Humana” é um caleidoscópio da diversidade de uma
determinada comunidade

A Biblioteca Humana, cria a oportunidade de relacionamento interpessoal entre grupos que habitualmente não teriam a possibilidade de interagir e, permite o confronto com ideias feitas e preconceitos num ambiente estruturado, protegido e limitado no tempo. Em última análise, contribui para a criação de comunidades mais fortes e unidas. Poderá ser também entendido como um projecto de Educação Social e Intervenção Comunitária.

A “Biblioteca Humana”, é reconhecida desde 2003 pelo Conselho Europeu como uma boa práctica encorajada nas bibliotecas públicas.

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Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online