Almada | Arte Pública em conversa na Cerca

Casa da Cerca acolhe no dia 22 de Abril às 15h, a escultora Virgínia Fróis numa conversa sobre a Arte Pública almadense

A Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, é a actual guardiã do património artístico almadense, que engloba a quase meia centena de obras de arte pública, existentes no concelho. A Associação Cultural O Mundo do Espectáculo (ACOME) e a Casa da Cerca uniram-se na tarefa dar a conhecer este património numa conversa com a escultora Virgínia Fróis, autora de Sítio (2001) e Monumento ao Associativismo Popular (1994), que decorre hoje dia 22 de Abril, pelas 15h, com acesso livre.

“No âmbito do projecto Arte Pública de Almada, um ciclo de actividades de mediação artística destinado ao público sénior desenvolvido pela ACOME, a Casa da Cerca acolhe a artista Virgínia Fróis, autora de significativa obra pública no concelho. A escultora, em conjunto com muitos outros, manifesta no seu trabalho a maturidade do programa almadense de arte pública: o monumento como expressão de valores universais intimamente ligados aos pressupostos ideológicos de Abril, expressos através de conceitos transversais a toda a Humanidade.”, informa a ACOME em comunicado.

Pela primeira vez, “existe a oportunidade de, num espaço incontornável à actividade cultural do concelho, assistir a um momento de convergência de propósitos na divulgação do conhecimento acerca de tão importante herança, que eterniza no espaço público as temáticas que coletcivamente se mantêm vivas.”, pode ainda ler-se no mesmo comunicado

Em actividade desde 1993, a Casa da Cerca tem como missão promover acções no âmbito do aprofundamento da investigação e da divulgação da arte contemporânea. Por seu lado, a Associação Cultural O Mundo do Espectáculo constitui um projecto de formação, animação e criação artísticas, existente desde 1990, em Almada, que surgiu com o objectivo de criar uma nova sensibilidade relativamente às artes e expressões.

Casa da Cerca procura fotografias particulares para acervo

Inaugurado em 1994 junto ao Complexo Municipal dos Desportos de Almada, na União das freguesias do Laranjeiro e Feijó, o Monumento ao Associativismo Popular é uma obra que marca, em absoluto, aquele espaço público.

A água, elemento identitário fundamental da obra, presente na idealização, construção e funcionamento, atraiu desde cedo os mais diversos olhares e atitudes. As fotografias de casamento e de outros momentos marcantes, que tiveram como pano de fundo a água, os lagos, as estruturas cerâmicas que a contêm, e a sua projecção, de um lago para o outro, foram inúmeras. A população apropriou-se da obra e escolheu-a para eternizar os seus dias felizes.

Se tem fotografias de casamento ou de outros momentos marcantes tiradas junto ao Monumento ao Associativismo Popular, situado nos jardins do Complexo Municipal dos Desportos de Almada, aceite o desafio da Casa da Cerca e partilhe as suas memórias fotográficas através do email casadacerca@cm-almada.pt ou, presencialmente. A equipa da Casa da Cerca irá digitalizar as suas fotografias, fará a legendagem consigo e poderá regressar a casa levando-as consigo.

A Casa da Cerca defende que “o usufruto e a apropriação das obras de Arte Pública fazem parte da sua dimensão imaterial. E nós queremos muito conhecer a sua extensão”, daí as suas fotografias com este monumento assumirem tanta importância.

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

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