Almada | Concentração contra o fecho da CGD
Concentração decorreu em frente ao balcão da CGD na Praça do MFA hoje às 10h
Às 10h da manhã de hoje, realizou-se uma concentração em frente ao balcão da Caixa geral de Depósitos (CGD) de Almada, promovida pela Comissão Concelhia de Almada do PCP. Nela estiveram presentes cerca de 30 pessoas.
A administração da CGD pretende encerrar 23 agências em Portugal continental até dia 26 de Agosto, sendo um dos supostos balcões visados o de Almada, situado na Praça do MFA. Esta denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), no dia 12 de Agosto, em comunicado enviado às redações. Nesta denúncia, diz-se ainda que outra das agências que irá encerrar é a do Pragal, na Rua Frederico Pinheiro.
O processo de encerramento de balcões da CGD não é recente. Em Almada, nos últimos dez anos foram encerradas nove agências em todo o concelho: Sobreda, Feijó, Cacilhas, Praça São João Baptista em Almada, Estação Ferroviária do Pragal, Monte de Caparica, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Rua da Liberdade e Almada Fórum.
Segundo comunicado do PCP Almada, estiveram presentes na concentração de hoje, “Paula Santos, em representação do Grupo Parlamentar do PCP; Margarida Luna de Carvalho, eleita pela CDU na Assembleia de Freguesia de Almada, Cova da Piedade, Cacilhas e Pragal e; Jorge Canadelo, da Comissão de Trabalhadores da CGD”.
A Comissão Concelhia de Almada do PCP exige “que se pare o processo de encerramento do balcão de Almada (Praça do MFA) e reverta esse processo; a reabertura no concelho de um conjunto de balcões que desempenhavam um papel de proximidade com as populações; que se rompa com as práticas de comissões abusivas que hoje proliferam no sector bancário”, segundo o mesmo comunicado.
O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), no comunicado enviado às redações no dia 12 de Agosto, denunciou que, “teve conhecimento que a administração da CGD, após o recente anúncio do vultuoso lucro de 486 milhões (de euros), no primeiro semestre de 2022, decidiu cortar ainda mais nos custos e encerrar mais 23 balcões, no decorrer do corrente mês de Agosto, com maior incidência nas regiões de Lisboa e Porto”.
O sindicato assinalou que se “desconhecem os motivos” para esta intenção, e que a vontade em “reduzir despesas” carrega a “desvalorização da capacidade da CGD enquanto banco público”, apontando que há “um inevitável congestionamento dos restantes balcões dessas áreas”.
De igual forma, o STEC sublinha que desde 2012 já houve o “decréscimo” de 3.300 trabalhadores e o encerramento de “mais de 300 agências” da CGD em Portugal. Lembra ainda que a CGD é o “único banco público que temos no país”, tendo, por isso, “responsabilidades sociais e económicas” e que estamos perante um “cenário de claro abandono da CGD de vastas e povoadas zonas do país”.
Vários protestos decorreram a esta Sexta-Feira, devido ao encerramento de balcões da CGD em Lisboa e no Barreiro e, do BCP em Montalegre, numa altura em que a actividade bancária está a reduzir a sua rede de retalho.
Em Lisboa decorreu uma ação de protesto contra o encerramento do balcão da CGD da Rua Luís de Camões, em Alcântara, organizada pela Comissão de Utentes Contra o Encerramento dos Balcões da CGD.
No Barreiro o protesto, também contra o fecho de um balcão da CGD, foi organizado pela Comissão de Utentes de Serviços Públicos do Barreiro.
Em Montalegre, Vila Real, decorreu uma manifestação contra o alegado encerramento da sucursal do banco Millennium, na freguesia de Salto.
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