Almada | Concentração de professores nos Paços do Concelho
Protesto reuniu cerca de uma centena de professores de escolas do concelho de Almada no dia 8 de Fevereiro
Cerca de uma centena de professores e assistentes operacionais dos agrupamentos de escolas do concelho de Almada, e uma do Seixal, concentraram-se na Quarta-Feira, 8 de Fevereiro, frente à Câmara Municipal de Almada (CMA) para reivindicarem uma melhor escola pública e também os seus direitos. O protesto durou até às 20h.
O barulho das buzinas e das palavras de ordem dos professores fizeram-se ouvir dentro da CMA. Uma das frases mais repetidas foi “Professores a lutar também estão a ensinar”. O objectivo final do protesto era falar com Inês de Medeiros, presidente da CMA, mas tal não aconteceu por esta não se encontrar nos Paços do Concelho nesse dia, estando fora em reunião.
Na concentração foi distribuído um documento onde afirmavam que “Esquecidos que foram os nossos direitos ano após ano, é agora hora de, em conjunto, fazer sentir a urgência da mudança numa escola cada vez mais exigente, mas também mais desgastada e afogada em burocracias”,
No mesmo texto podia também ler-se: “Acreditamos que para ter uma escola pública de qualidade é fundamental termos pessoas felizes e motivadas, termos agentes educativos e assistentes operacionais respeitados e valorizados, termos professores com estabilidade no emprego e na carreira, com condições de progresso nas carreiras. É fundamental que, sejam olhados, ouvidos e respeitados na sua profissão, na sua dignidade”.
Na concentração estiveram presentes os agrupamentos do concelho de Almada, da Escola Daniel Sampaio, da Emídio Navarro, Elias Garcia, Agrupamento da Caparica, da Romeu Correia, Trafaria, Conceição e Silva e agrupamento da Escola António Gedeão. Do Seixal, esteve o Agrupamento da Escola António Augusto Louro.
Recorde-se que em Janeiro passado, houve manifestação de professores no centro de Almada, à qual compareceram cerca de 300 pessoas, um número que não foi alcançado desta vez, apesar do convite feito aos encarregados de educação, alunos e população em geral para se juntarem a eles frente à câmara e ouvirem os motivos do protesto.
Há cerca de três meses que os professores e assistentes operacionais dos estabelecimentos de ensino estão em luta por melhores condições na escola pública e nas suas carreiras. Afirmam que nem nenhuma tutela está ao seu lado, nem a sociedade civil apoia a sua luta. Pedem também os seis anos, seis meses e 23 dias que lhes foram retirados em 2010. Não aceitam a municipalização e regionalização da contratação dos professores pelas câmaras municipais, por acharem que incentiva as cunhas e, querem ser colocados na sua zona de residência por graduação.
No início de Fevereiro corrente, foi decretado pelo governo que as escolas têm que assegurar os serviços mínimos devido à greve convocada por tempo indeterminado.
A reposição do tempo de serviço e o fim do regime de quotas são as duas exigências que fariam os professores pararem as greves que se estendem a todo o país. Os professores já se mostraram disponíveis para negociar um plano calendarizado que cumpra estas duas reivindicações até ao final da legislatura do governo.
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