Almada formaliza transferência de competências da Acção Social
A CMA formalizou ontem, dia 3 de Abril, a transferência de competências da Acção Social. Estas passam a ser uma colaboracao entre a CMA, quatro IPSS e Santa Casa da Misericórdia de Almada
A Câmara Municipal de Almada (CMA) assumiu ontem, dia 3 de Abril, formalmente, as novas competências na área da Acção Social. Na cerimónia, que decorreu no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho, estiveram presentes as quatro entidades do concelho que vão assegurar a intervenção no território, através do Serviço de Atendimento e de Acompanhamento Social (SAAS): a Associação de Solidariedade e Desenvolvimento do Laranjeiro (ASDL), o Centro Social Paroquial do Cristo Rei, o Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição da Costa da Caparica e a Santa Casa da Misericórdia de Almada.
O Estado transferiu competências para a autarquia, que as delega a nível de intervenção no terreno e de atendimento a IPSS e à Santa Casa da Misericórdia de Almada.
A presidente da CMA, Inês de Medeiros, afirmou que esta transferência de competências da Acção Social, através da qual o Estado Central entrega às autarquias o atendimento e acompanhamento de pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e exclusão social, “é um grande momento de viragem”, que vai permitir “dar mais respostas e de forma mais eficaz e mais próxima dos cidadãos”.
“Passamos todos para um outro patamar de colaboração”, referiu a presidente da CMA, Inês de Medeiros, agradecendo o envolvimento da estrutura interna da Acção Social da CMA neste processo, das instituições que vão dar apoio a esta transferência de competências no terreno e onde vão estar localizados os postos de atendimento, bem como da Segurança Social e das diferentes juntas de freguesia. “O município só pode assumir esta responsabilidade com o apoio de todos”.
Neste dia, que assinalou um ponto de viragem na política social nacional, e que marca também “a história da Acção Social em Almada”, a presidente da CMA, Inês de Medeiros, e a vereadora Teodolinda Silveira, responsável pela pasta da Acção e Intervenção Social, estiveram no terreno, a visitar as quatro entidades responsáveis e, deram as boas-vindas às técnicas que hoje iniciaram funções nos diferentes locais/postos de atendimento, para assegurar a concretização deste novo modelo de resposta universal e qualificada, centrada nas pessoas.
O novo modelo, que nasce com esta mudança, assenta em diferentes pressupostos: passa a existir a figura de Gestor de Caso por família; em cada território há uma entidade de referência para o acompanhamento social, abrangendo todas as medidas de política social; as ajudantes de acção directa são afectas a processos de acompanhamento social onde faz sentido a sua actuação, independentemente da medida; o Núcleo Local de Inserção (NLI) tenderá a ser a estrutura referência para a contratualização de todas as medidas de apoio social; a garantia de acompanhamento e monitorização de proximidade por parte da equipa de Acção Social do Município.
Os apoios económicos atribuídos a partir das competências assumidas pelo município são divididos em dois tipos: apoios eventuais, que têm origem na transferência de competências e decorrem da acção social e; apoios complementares que advêm do Plano Almada Solidária e que são reforçados com novas linhas de apoio integradas no regulamento aprovado para o novo Programa Almada Solidária.
Teodolinda Silveira afirmou na reunião da CMA, que se realizou ontem à tarde, que “a proximidade e a gestão de todos os apoios à nossa disposição será com certeza uma mais valia para os nossos munícipes sobretudo os mais vulneráveis.”
O que é e como funciona o SAAS
O Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) é um serviço que assegura o atendimento e o acompanhamento de pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e exclusão social, bem como de emergência social.
Constituem objectivos do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS): Informar, aconselhar e encaminhar para respostas, serviços ou prestações sociais adequados a cada situação; Apoiar em situações de vulnerabilidade social; Prevenir situações de pobreza e de exclusão sociais; Contribuir para a aquisição e ou fortalecimento das competências das pessoas e famílias, promovendo a sua autonomia e fortalecendo as redes de suporte familiar e social; Assegurar o acompanhamento social do percurso de inserção social; Mobilizar os recursos da comunidade adequados à progressiva autonomia pessoal, social e profissional.
O Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) pode ser desenvolvido pelas seguintes entidades: Instituições da administração pública central e local (autarquias locais); Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e equiparadas; Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
O Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) deve assegurar, no mínimo, 6 horas diárias de atendimento.
Equipa Técnica:
A intervenção técnica do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) é assegurada por uma equipa multidisciplinar organizada em função das especificidades das modalidades de intervenção e de acordo com referenciais médios do número de pessoas e famílias atendidas e ou acompanhadas.
As equipas técnicas são compostas por técnicos com formação superior, nas áreas de ciências sociais ou humanidades.
Na constituição das equipas técnicas é obrigatório que, pelo menos, um dos técnicos possua formação superior na área de serviço social.
O Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) pode integrar a Rede Local de Inserção Social (RLIS), nos termos do Despacho n.º 12154/2013, de 24 de Setembro, por forma a garantir-se uma intervenção articulada e integrada de entidades com responsabilidade no desenvolvimento da acção social.
O Despacho n.º 12154/2013, de 24 de Setembro procede à criação da Rede Local de Intervenção Social (RLIS).
Acção Social, Almada, ASDL, Associação de Solidariedade e Desenvolvimento do Laranjeiro, Centro Social Paroquial do Cristo Rei, Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição da Costa da Caparica, cerimónia, CMA, cmalmada, Governo, POlítica Social, SAAS, Santa Casa da Misericórdia de Almada, Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social, Solidariedade, Transferência de competências