Almada | Giselle pela Companhia Nacional de Bailado
O bailado pode ser visto nos dias 29 e 30 de Dezembro na Sala Principal do Teatro Joaquim Benite às 21h
A estreia mundial de Giselle aconteceu em Paris, no Teatro da Academia Real de Música, a 28 de Junho de 1841, e a estreia pela Companhia Nacional de Bailado (CNB) fez-se em Lisboa, no Teatro Nacional de São Carlos, a 15 de Outubro de 1987. Desde então, o bailado está no repertório da companhia e continua, regularmente, a seduzir públicos de todas as idades.
Giselle é uma das grandes referências do bailado do período romântico e surge na sequência do sucesso de La Sylphide e da grande influência da corrente literária do romantismo na dança. Estreado em 1841, tem argumento de Theóphile Gautier, inspirado no livro “De L’Allemagno” de Heinrich Heine, nome fundamental da literatura alemã do século XIX.
A versão que a Companhia Nacional de Bailado apresenta tem coreografia de Georges Garcia, a partir do original, mas segundo a remontagem feita por Marius Petipa em finais do século XIX, com a actuação da Orquestra Sinfónica Portuguesa.
Foi na estreia, de Giselle, no século XIX, que o papel do bailarino se modificou, pode ser agora um clássico, mas foi uma verdadeira revolução na dança, para os bailarinos, nos finais do século XIX, em 1841, em Paris.
Sinopse:
Albrecht e Giselle compõem o par mais famoso do bailado romântico. A partir do argumento de Théophile Gautier e Vernoy de Saint-Georges, baseado numa lenda germânica, Giselle apresenta, em dois actos, a história de uma frágil camponesa que se apaixona por um rapaz, desconhecendo o facto de ele ser, na verdade, Albrecht, o duque da Silésia. O nobre visita regularmente Giselle mas esconde a sua verdadeira identidade, assim como o compromisso que tem com Batilde, a noiva imposta pela sua condição real. Hilarion, o guarda de caça do duque, também é apaixonado por Giselle e denuncia o disfarce. A jovem cada vez mais obcecada por este estranho mas, quando descobre a verdade, enlouquece e morre de desgosto.
Na peça, há uma oposição entre o universo realista, terrestre, e um mundo onírico, povoado de espíritos femininos. Sobretudo no segundo acto quando, cheio de remorsos, Albrecht visita o túmulo de Giselle e é atormentado pelas Willis, virgens que morreram antes da noite de núpcias e que aparecem entre a meia-noite e a alvorada para se vingar, capturando qualquer homem que entre nos seus domínios e forçando-o a dançar até à morte. Hilarion é a primeira vítima. A Rainha das Willis condena Albrecht, mas o amor de Giselle impede a sua morte. Albrecht é salvo e Giselle acaba por perdoá-lo, mas está condenada a ser uma Willis para sempre.
Ficha Técnica:
Coreografia de Georges Garcia, segundo Jean Coralli, Jules Perrot e Marius Petipa
Música: Adolphe Adam
Interpretação musical: Orquestra Sinfónica Portuguesa
Direcção musical: Vasco Pearce de Azevedo
Cenografia: Ferruccio Villagrossi
Desenho de Luz: Cristina Piedade
Figurinos: Guarda-roupa tradicional oferecido pela Fundação Calouste Gulbenkian
Direcção artística da CNB: Carlos Prado
Interpretação: Bailarinos da CNB
Espectáculo com música ao vivo.
Duração: 120min. c/intervalo
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