Almada | Med Luso 7 Sóis Band em concerto na Cerca

Banda apresenta nova criação musical original, no âmbito do Festival Sete Sóis Sete Luas

O Instituto Italiano de Cultura e, parceria com a Câmara Municipal de Almada (CMA) apresentam o concerto da Med Luso 7 Sóis Band, na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, no dia 5 de Setembro pelas 19h. Esta é uma nova criação musical original do Festival Sete Sóis Sete Luas. O evento tem entrada livre.

A cantora italiana Paola Bivona juntou-se a músicos do Brasil, de Espanha, Martinica e Portugal, na criação da banda Med Luso 7 Sóis Band, que apresenta uma fusão de ritmos e melodias de diferentes tradições e culturas.

Durante uma semana de residência artística em Castro Verde, a banda desenvolveu um repertório original inspirado nos valores multiculturais do Festival, de acordo com a cultura musical de cada um dos seus membros. Juntos, os seis músicos criaram uma sinfonia de sons que aliam contemporaniedade e tradição e, que agregam a diversidade e a essência cultural do mundo lusófono, crioulo e mediterrâneo. 

A Med Luso 7 Sóis Band é composta por seis músicos de reconhecido mérito, que que se juntam pela primeira vez neste projecto: Paola Bivona (Toscana, Itália) na voz, Tomás Pimentel (Portugal) no trompete e na direcção musical, Quiné (Portugal) na bateria, Jair Dantas (Brasil) no acordeão, Hervé Celcal (Martinica) no piano e na voz, Jeronimo Gómez (Ceuta, Espanha) no baixo.

Um pouco de História

O Festival Sete Sóis Sete Luas nasceu em 1993 pela mão de um grupo de estudantes da escola de Pontedera, na Toscânia, em Itália. O nome do festival surgiu da inspiração dos estudantes pelo romance “O Memorial do Convento”, mais especificamente pelas personagens Baltazar Sete Sóis e Blimunda Sete Luas, sonhadores visionários que viajam pela Europa medieval na sua passarola fugindo à Inquisição, sendo estes uma metáfora para a liberdade utópica. O festival adoptou a passarola como símbolo e, posteriormente, o escritor português José Saramago, autor do romance e Prémio Nobel da Literatura, deu o seu apoio a este projecto, passando a ser o seu presidente honorário e vitalício. Hoje é um projecto promovido por uma rede cultural composta por 30 cidades de 13 países diferentes: Brasil, Cabo Verde, Croácia, França, Itália, Marrocos, Portugal, Luxemburgo, Roménia, Eslovénia, Espanha, Turquia e Tunísia. Este é um festival dedicado à mobilidade internacional dos artistas, ao diálogo intercultural e à descentralização da cultura. O certame já venceu duas vezes o prémio “Kaleidoscope Prize” da União Europeia, pela sua elevada dimensão europeia e qualidade cultural. Venceu também o “Culture Program” da mesma entidade cinco vezes. Em 2009 foi-lhe atribuído prémio “International Cooperation Prize Caja de Granada”.

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

, , , , , , , ,