Almada | Sombra Efímera II

Tudo começa num palco branco, limpo, que vai ficando progressivamente sujo e ocupado pelo caos. Ao fundo, uma montanha de areia, uma peça escultórica, acompanha a passagem do tempo na peça, desafiando também os intérpretes. Em palco, Eduardo Guerrero mostra a sua força selvagem. Um início lento e um jogo de silêncios dão lugar a uma mostra de inegável talento em que o bailarino combina as artes contemporâneas do movimento com as artes plásticas e visuais. Tendo sempre o flamenco como protagonista.

Sombra Efímera é um espectáculo criado em 2018 mas que ganhou um novo capítulo no ano seguinte. Sombra Efímera II não tem uma narrativa linear, sendo construído a partir de episódios e revelando a vontade do coreógrafo de continuar a investigar a tradição da dança flamenca e a experimentação artística através do recurso às novas tecnologias e à instalação artística, juntando-lhe ainda a poesia sufi.

Eduardo Guerrero é um dos mais conceituados bailarinos de flamenco da actualidade. Nascido em Cádis, Espanha, em 1983, começou a dançar com apenas seis anos e aprendeu com mestres como Mario Maya, Antonio Canales e Manolo Marín. Estudou dança espanhola no Conservatório de Cádis e mais tarde alargou os seus estudos à dança clássica e à contemporânea. Foi intérprete principal em espectáculos da Companhia Aida Gómez, do Ballet Nacional de Espanha, de Eva Yerbabuena, Rocío Molina, Javier Latorre, Rafael Aguila, entre outros. Em 2011, começou a criar os seus próprios espectáculos, a começar com o premiado Mayo.

Ficha Técnica

Direcção e dança: Eduardo Guerrero

Coreografia: Eduardo Guerrero

Canto: Samara Montañéz, Manuel Soto

Guitarra: Javier Ibáñez

Dir. artística e cenografia: Mateo Feijoó

Desenho de luz: Miguel Ángel Camacho

Direcção musical: Javier Ibáñez

Poesia e Letras: Poesia sufi e letras populares

Duração: 70min. | M/12

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