Caparica | Concertos Comentados

No Convento dos Capuchos, hoje às 18h

O ciclo de concertos comentados “Contemporaneidades”, concebido pelo MPMP Património Musical Vivo, tem vindo a promover a divulgação da música de câmara de compositores portugueses da actualidade de diversas gerações. 

Raramente escutadas, as partituras são aqui interpretadas por jovens músicos num alinhamento que promove a surpresa e o encantamento, oferecendo ao ouvinte uma viagem por propostas criativas originais e contrastantes.
 

PROGRAMA

Alexandre Delgado
Tocarola e Suíte d’”O Doido e a Morte”

Eurico Carrapatoso
Pranto

Filipe Pires
Figurações V e Figurações VI

Christopher Bochmann
Capriccio, saxofone

Sara Carvalho
Solos II
 

Ficha artística

João Pedro Silva – Saxofone
Marcos Fernandes – Marimba
Comentários: Edward Ayres d’ Abreu

Duração: 60 minutos aprox.

Entrada livre.

Sobre os músicos:

João Pedro Silva é artista internacional Yamaha e D’Adarrio Woodwinds, apresenta-se regularmente a solo, destacando-se os concertos com a Orquestra de Câmara da GNR, Banda Sinfónica Portuguesa, Orquestra de Sopros da Metropolitana, Orquestra Sinfonietta de Lisboa, Banda da Armada Portuguesa, Percussões da Metropolitana, Ensemble de Saxofones del Liceu (Barcelona), Banda de Música SFH, Ensemble de Palhetas duplas, entre outras. Como convidado tem integrado diversas formações, destacando-se Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Big Band do Hot Clube de Portugal, Orquestra Sinfonietta de Lisboa, Orquestra Solistas de Lisboa, tendo trabalhado com conceituados maestros como Eric Stearn, Alain Guingal, Wayne Marshall, entre outros. Representou Portugal no XIV, XVII e XVIII Congresso Mundial de Saxofone em Liubliana, Estrasburgo e Zagreb, respectivamente, onde se apresentou com duo João Pedro Silva e Pedro Vieira de Almeida, Quarteto Artemsax. BROS Quartet, fusiON OUT, Tenor Sax Colletive, D’Addario Ensemble, Ensemble de Saxofone da Metropolitana e foi convidado para ser orador numa conferência sobre nova pedagogia musical no âmbito da aprendizagem do saxofone. É membro fundador do quarteto internacional de saxofones BROS quartet, com o qual gravou e editou o disco “Pagine”, de Salvatore Sciarrino, editado pela editora Italiana Stradivarius. Obteve o reconhecimento, pelo Ministério da Cultura, pelo disco/espectáculo “Entre Paredes”, do Quarteto Artemsax, tendo este sido declarado com Relevância Cultural. Com o mesmo quarteto realizou uma tournée por Guiné-Bissau a convite do Instituto Camões e da Embaixada Portuguesa em Bissau. Ainda com os Artemsax recebeu o “Prémio Carlos Paredes” de melhor disco de música Portuguesa editado em 2016 (ex-áqueo com o disco do fadista Ricardo Ribeiro). Foi condecorado pela Câmara Municipal de Palmela com a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro. Trabalha regularmente em colaboração artística com diversos compositores, na criação de novo repertório para saxofone. Tem estabelecido uma contínua parceria com a Antena 2 nos projetos realizados. Foi jurado convidado de 32ª edição do Prémio Jovens Músicos. Como solista editou os discos “TIBI – Nova Música Contemporânea Portuguesa e Americana para saxofone” e “João Pedro Silva interpreta Jorge Salgueiro”, volumes I e II, os dois primeiros de uma trilogia discográfica, que visa editar, em disco, a obra integral para saxofone do compositor Jorge Salgueiro (com a participação de Pedro Vieira de Almeida, no piano e Pedro Santos, no acordeão, Quarteto Artemsax e Ensemble de Saxofones da Metropolitana). Em coautoria com Lino Guerreiro, escreveu o livro “O Saxofone Pedagógico”, o primeiro método português para a aprendizagem do saxofone, editado pela AVA Musical Editions e com prefácio de Claude Delangle, Professor do Conservatório Superior de Música e Dança de Paris. É membro do Bros Quartet, Artemsax, Duo Pedro Santos e João Pedro Silva, L.U.M.E. – Lisbon Underground Music Ensemble, Duo João Pedro Silva e Pedro Vieira de Almeida, Tenor Saxophone Colletive e TERRA, com os quais se tem apresentado por todo o País e Estrangeiro e editou diversos trabalhos discográficos. É Professor de Saxofone e Música de Câmara na Escola Profissional de Música da Metropolitana, e Conservatório Regional de Palmela. É membro fundador e vice-presidente da APS Associação Portuguesa do Saxofone. Integrou a organização do EURSAX 17, Congresso Europeu de Saxofone. É Director artístico do FISP Festival Internacional de Saxofone de Palmela e do Ensemble de Saxofones da Metropolitana. Mestrado em Música – Performance (saxofone) e Mestrado em Ensino da Música (saxofone) pela Escola Superior de Música de Lisboa. Doutorando em música, performance, na Universidade de Évora. Natural de Palmela, iniciou os seus estudos musicais na Sociedade Filarmónica Humanitária, em Palmela, com o Professor Silvério Camolas. Estudou na Escola Profissional de Música de Almada com Alberto Roque, na Escola de Jazz Luís Villas Boas (Hot Clube de Portugal) com Pedro Moreira e na Escola Superior de Música de Lisboa com José Massarrão. Em regime de Masterclasse também estudou com Daniel Deffayet, James Houlik, Jean-Marie Londeix, Claude Delangle, Jean-Yves Formeau, Vicent David, Carlos Martins, Jerry Bergonzi entre outros. Foi laureado de diversos concursos nacionais e internacionais

Marco Fernandes nascido em Arrentela (1986), concelho de Seixal, inicia a sua aprendizagem em percussão na Escola de Música da Sociedade Filarmónica União Arrentelense. Prossegue os estudos musicais na Escola Profissional de Música e Artes de Almada com os professores José Carinhas e Lídio Correia, e na Escola de Música do Conservatório Nacional com os professores Carlos Voss e Carlos Girão. Em 2005 ingressa na Escola Superior de Música de Lisboa onde trabalha com os professores Carlos Voss e Abel Cardoso. Conclui a Licenciatura em Música – Ramo de Interpretação (variante percussão) na Universidade de Évora, com o Prof. Dr. Eduardo Lopes. É mestrando em Percussão na Escola Superior de Música de Lisboa, sob orientação do Prof. Pedro Carneiro. Participou em cursos com Bogdan Bácanu, Dave Samuels, Joseph Pereira, Kunihiko Komori, Ney Rosauro, Pedro Carneiro, Jeffery Davis, Rui Sul Gomes, Richard Buckley, Manuel Campos, entre outros. Paralelamente participou em estágios com a Orquestra de Sopros do Inatel 2001, Orquestra Nacional de Sopros dos Templários 2002, Orquestra de Jovens dos Conservatórios Oficiais de Música 2003, Orquestra Jovens Músicos 2004, Banda Sinfónica Minho-Galaica 2004/2005 e II Estágio Nacional da Orquestra Sinfónica Académica Metropolitana. Colaborou já com as seguintes formações: Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfonietta de Lisboa, Orquestra Nacional do Porto, OrchestrUtópica, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra da Companhia Portuguesa de Ópera, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Orquestra Sinfónica António Vitorino d’Almeida, Orquestra Sinfonia Varsóvia (Polónia), Orquestra Didáctica da Foco Musical, Orquestra Sinfónica Juvenil, Lusitanus Ensemble, Ensemble Contemporâneus, Quarteto de Clarinetes de Lisboa, Percussionistas de Lisboa, Ensemble 20/21, Quarteto Lopes Graça, Ensemble Palhetas Duplas, Artemsax, entre outras. É actualmente docente na Metropolitana (Academia Superior de Orquestra, Escola Profissional Metropolitana, Conservatório de Música da Metropolitana) e Escola de Música Nossa Senhora do Cabo (Linda-a-Velha). É artista das marcas Innovative Percussion e Majestic.

Edward Ayres de Abreu, musicólogo, compositor, editor e programador cultural, nasceu em Durban, África do Sul, em 1989. Iniciou os estudos de música em Portugal aos cinco anos de idade. Estudou no Conservatório Nacional com Ana Sousa Lima e Rui Pinheiro (Piano), Eli Camargo Júnior e Daniel Schvetz (Composição). Frequentou os cursos de Arquitectura e de História da Arte e concluiu a Licenciatura em Composição com a mais alta classificação no exame final na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou com Sérgio Azevedo e António Pinho Vargas. Em programa Erasmus frequentou o Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, tendo trabalhado com Gérard Pesson (Composição), Yan Maresz, Yann Geslin e Luis Naón (Música electrónica), Alain Mabit e Claude Ledoux (Análise). Em masterclasses ou em encontros académicos contactou com Emmanuel Nunes, João Pedro Oliveira e Marc-André Dalbavie, entre outros. Frequentou um Curso de Verão no Conservatório de Moscovo, onde trabalhou com o compositor Faradzh Karaev, e um Curso de Gamelão de Java no Museu Oriente, em Lisboa. As suas obras foram já interpretadas pela Orquestra Gulbenkian (Inscriptions (X), sob a direcção de Luca Francesconi), Orquestra Metropolitana de Lisboa (Sinfonietta per orchestra classica, sob a direcção de Michael Zilm — Encomenda OML, para o 23.º aniversário da orquestra) e Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (Parque de estrelas, vento e memórias, sob a direcção de Pedro Neves). Recebeu encomendas da Orquestra Metropolitana de Lisboa, Rádio e Televisão de Portugal, Quarteto de Guitarras de Paris e Síntese — Grupo de Música Contemporânea. O seu poema sinfónico Pálido pálio lunar… foi estreado em 2017 pela Banda Sinfónica Portuguesa, sob a direcção de Luís Carvalho, e distinguido com uma Menção Honrosa no V Concurso Nacional de Composição. Foi um dos vencedores do Concurso Mini-Óperas (Teatro Nacional de São Carlos / Arquipélago, 2012) e do Concurso para Compositores Emergentes no âmbito do Festival CRIASONS. Escreveu três óperas, a última delas, Manucure, estreada em 2012 no Teatro Nacional de São Carlos sob a direcção de João Paulo Santos e a encenação de Luís Miguel Cintra. Em 2016 participou, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, num workshop de criação operática orientado por Willem Bruls na Académie du Festival d’Aix-en-Provence, evento promovido pela ENOA, European Network of Opera Academies. Concebeu os libretti de duas óperas com música de Daniel Moreira: Cai uma rosa… — estreada nos Teatros Municipais do Porto e de Almada em 2015 — e Ninguém & Todo-o-Mundo — estreada no Teatro Helena Sá e Costa em 2018.É mestre em Ciências Musicais — Musicologia Histórica pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, tendo defendido a dissertação “Ruy Coelho (1889-1986): o compositor da geração d’Orpheu”, e realizando então o inventário preliminar do compositor aquando da doação do seu espólio à Biblioteca Nacional de Portugal. Também sob orientação de Paulo Ferreira de Castro, doutorou-se em Ciências Musicais — Ciências Musicais Históricas, tendo sido neste contexto bolseiro da FCT, Fundação para a Ciência e a Tecnologia, com a tese “Os ‘autos com barcas’ de Gil Vicente enquanto ópera: análise de propriedades significantes nos Auto da barca do inferno (1944) e Auto da barca da glória (1970) de Ruy Coelho e na Trilogia das barcas (1969) de Joly Braga Santos”. Pelo seu trabalho como musicólogo foi distinguido com o 2.º Prémio do Concurso Otto Mayer-Serra (2017) da Universidade da Califórnia, Riverside, e com o Prémio Joaquim de Vasconcelos (2019) da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música. Foi membro integrado do CESEM, Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical, iniciando em Julho de 2022 um projecto de pós-doutoramento como bolseiro do INET-md, Centro de Estudos em Música e Dança, pólo da Universidade de Aveiro. Concebeu e dirigiu artisticamente diversos projectos musicais e multidisciplinares, destacando-se os festivais Viagens pelo som e pela imagem, apresentados anualmente na Fonoteca Municipal de Lisboa entre 2008 e 2011. É membro fundador e foi Presidente da Direcção, até Agosto de 2022, do MPMP Património Musical Vivo, associação criada em 2009 e distinguida em 2018 com o Prémio de Música Sequeira Costa, atribuído pela Fundação Mirpuri. No âmbito do MPMP concebeu e coordenou diversos projectos editoriais e de programação musical, alguns deles distinguidos no contexto de apoios pontuais e bienais do Ministério da Cultura / DgArtes. Dirigiu as digressões do MPMP ao Brasil em 2014 e 2016, e o projecto operático O cavaleiro das mãos irresistíveis, resultado do cruzamento de investigação musicológica com criação contemporânea, apresentado pelo Ensemble MPMP, com encenação de António Durães e direcção musical de Jan Wierzba, no Teatro Municipal do Porto e no Teatro Municipal de Almada em 2015. No âmbito do MPMP foi ainda director-geral dos números 1-15 e 20-22 da revista Glosas, dedicada à divulgação da música de tradição erudita ocidental nos países de língua portuguesa. Pelo seu trabalho na área da gestão cultural foi distinguido com a “Bolsa Cultura” da AESE Business School e Imprensa Nacional — Casa da Moeda, nesse âmbito participando no programa Indian Perspectives on Business Management do Indian Institute of Management Ahmedabad e concluindo o XIX Executive MBA (2019-2021) da AESE. Neste contexto, foi distinguido com uma Menção Honrosa no Prémio de Escrita de Casos de Análise de Situações de Negócio. Como musicólogo tem colaborado com a Gulbenkian Música, a Casa da Música e o Teatro Nacional de São Carlos. É 2.º Vogal da Direcção da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música (2021-). Inicia em Setembro de 2022 as funções de Director do Museu Nacional da Música.

Sobre o MPMP

O MPMP Património Musical Vivo é uma plataforma de descoberta de música e de músicos portugueses. Move-os a curiosidade, o prazer da surpresa e a vontade de desafiar passado e futuro, construindo diálogos inesperados entre repertórios antigos e novas sonoridades. Acreditam na necessidade de dinamizar, valorizar e fazer crescer o nosso meio musical. São o palco de muitas vozes e a música é o seu guião.

O primeiro acto público do MPMP foi o concerto de lançamento da revista Glosas, ponto de contacto entre compositores, musicólogos, instrumentistas e melómanos. Desde então editaram dezenas de discos, livros e partituras, procurando estimular um ecossistema ainda hoje frágil e voluntarioso.

Uma outra forma de escutar os repertórios tradicionais, a estreia moderna de uma obra esquecida ou a encomenda de novas experiências artísticas a jovens criadores tem também levado a sua equipa alargada a promover diversos espectáculos em Portugal e no estrangeiro.

Enquanto ensemble de geometria variável, da música de câmara à coral-sinfónica, o MPMP tem marcado presença nos festivais Música em São Roque, Dias da Música e Prémio Jovens Músicos, destacando-se também três digressões ao Brasil (2014, 2016 e 2021), a produção das óperas O cavaleiro das mãos irresistíveis e Cai uma rosa… nos Teatros Municipais de Almada e do Porto (2015), a interpretação do Requiem à memória de Camões de João Domingos Bomtempo no Centro Cultural de Belém (2017), com transmissão televisiva pela RTP, e, do mesmo compositor, os monumentais Mattutino de’ morti, apresentados no Festival de Sintra (2021).

Em 2018 foi-lhes atribuído o Prémio de Música Sequeira Costa pela Fundação Mirpuri.


Informações e Reservas:
Convento dos Capuchos
Rua Lourenço Pires de Távora
2825 Caparica
Tel.: 21 291 93 42 | e-mail: capuchos@cma-almada.pt
Terça a sábado das 10h às 13h e das 14h às 18h

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

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