Costa da Caparica | Racismo contra filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso
Titi de nove anos e Bless de sete foram insultados por uma mulher desconhecida
Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso estiveram de férias na Praia de São João, na Costa da Caparica, quando aconteceu o inesperado: 2 dos 3 filhos, Titi e Bless, foram alvos de comentários racistas, discriminatórios e preconceituosos por parte de uma mulher.
A actriz e apresentadora brasileira ficou visivelmente perturbada e confrontou a mulher. O momento foi gravado por pessoas presentes no Clássico Beach Club by Olivier, na Costa da Caparica.
A mulher também insultou os polícias quando estes chegaram. O momento em que a mulher é escoltada para a esquadra pela polícia.
Giovanna Ewbank esculachando ainda mais a racista que atacou seus filhos na hora que a infeliz é levada pra delegacia. Vídeo exclusivo do Lucas Pasin. pic.twitter.com/lD82j7tk7o
— Sérgio Santos (@ZAMENZA) July 31, 2022
Numa nota publicada nas redes sociais, a Trigo Casa de Comunicação, assessoria de imprensa do casal de artistas, confirmou toda a situação e emitiu um comunicado:
O restaurante também se pronunciou oficialmente sobre o episódio nas redes sociais:
O Clássico Beach Club no Brasil também emitiu um comunicado no Instagram, informando que a autora dos insultos racistas está proibida de entrar em todos os restaurantes da rede.
O jornal Público adianta que a mulher desconhecida estava alcoolizada e ofendeu, ainda, os operacionais da GNR, sendo levada depois para a esquadra e notificada para se apresentar ao Ministério Público esta segunda-feira. O casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, apresentou no domingo a queixa formal no posto da GNR da Costa de Caparica contra a mulher de 57 anos.
Entretanto, em entrevista ao programa Fantástico! da TV Globo, Giovanna e Bruno falaram sobre o episódio sofrido no restaurante português, onde vão frequentemente.
Se ficassem calados perante os insultos, estariam a ser coniventes, considerou Bruno, incentivando toda a gente a combater o racismo no dia a dia. “Não fique calado, não finja que não escutou. Fale, denuncie, isso é crime e as pessoas precisam ser responsabilizadas”, apelou.
Hoje dia 1 de Agosto o casal emitiu um noco comunicado em ambas as contas de Instagram: “
Hoje, 1 de agosto, Giovanna e Bruno emitiram um novo comunicado nas respetivas contas de Instagram.
“Aos amigos, seguidores, imprensa e a todos que nos mandaram mensagens, ligaram e nos apoiaram nesses dias… A gente vai ser o mais simples possível: nosso muito obrigado!
Estamos cuidando dos nossos filhos, nos cuidando e tomando todas as providências possíveis. Somos conscientes de todos os nossos privilégios e sabemos (sabemos mesmo) que apenas por sermos brancos tivemos tamanha comoção.
Nós lutamos, nós choramos. E nós podemos gritar. Portanto, queremos, mais uma vez, lembrar que famílias pretas gritam todos os dias diante destes crimes e violências – verbais ou físicas. E muitas vezes famílias que se silenciam porque sabem que seu grito não é ouvido.
Agora estamos com nossos filhos do lado – com todo o amor que podemos dar a eles – para que que eles saiam fortes perante o que viram e ouviram. Pedimos respeito a este momento pois o que gente ouviu dói na alma, mais que um soco. E dói em nossos filhos e em muita gente que vive isso o tempo inteiro, em todo o mundo.
Seguiremos, serenos, com amor. E caminharemos deste nosso lugar de privilégio nos comprometendo a seguir combatendo ativamente na luta antirracista pois, mais uma vez: racismo é crime”.
Várias celebridades apoioaram publicamente os actores e insurgiram-se contra o racismo
Lula da Silva reagiu na sua conta de Twitter : “Nenhuma mãe ou pai merece ver os seus filhos serem vítimas de ofensas racistas. A minha solidariedade a Giovanna Ewbank, Bruno Gagliasso, à sua família e também aos turistas angolanos que sofreram ataques racistas ontem. Vamos construir um mundo sem racismo”,
Marcelo Rebelo de Sousa também reagiu: “O Presidente da República sublinha, de novo, que qualquer comportamento racista ou xenófobo é condenável e intolerável, e deve ser devidamente punido, seja qual for a vítima. Não há ‘portugueses “puros”, somos todos descendentes de culturas, civilizações e origens muito diversas”, salienta também o Presidente da República.”, refere uma nota divulgada hoje no site da Presidência.
Muitos outros actores e figuras públicas apoiaram o casal nesta causa contra o racismo.
Quem é a mulher que insultou os menores?
Segundo o site Holofote, a mulher que alegadamente terá direcionado comentários racistas aos filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso já é conhecida no Cais do Sodré e já terá tido as mesmas atitudes nalguns restaurantes da zona.
A acusada é uma portuguesa branca de 57 anos, identificada como Maria Adélia Coutinho Freire Andrade de Barros e, poder ter uma pena de de 6 meses a 5 anos de prisão. A informação foi noticiada pelo Jornal Hoje, da TV Globo, e confirmada por meio de nota da Guarda Nacional Republicada (GNR).
Dária Borges, trabalhadora em Lisboa há 7 anos, revelou ao Holofote outros episódios idênticos ao ocorrido na Praia de São João, na Costa da Caparica. “Ela vive aqui no Cais e o passatempo dela é entrar nos restaurantes e humilhar-nos“, refere Dária, que revela que a mulher viral do vídeo: “entra em diversos sítios e insulta o staff. Chegou a pegar em coisas do bar para o chão e manda-nos apanhar. Segundo ela, somos escravos“.
Ao perguntar a Dária se as autoridades alguma vez foram chamadas ao local, ela espondeu: “Chamámos a polícia e nunca acontece nada. Ela faz escândalo durante horas e não podemos tocá-la porque aí quem vai preso por agressão é o preto“. A trabalhadora ainda referiu que a mulher sempre causou muitos problemas nesta zona específica de Lisboa e, inicialmente, direcionava mais ofensas a brasileiros. Recentemente, segundo Dária, começou a ter atitudes racistas com a população de etnia africana.
“Ela diz que tem o direito de dizer o que quiser, porque ela é portuguesa“, afirma Dária, que adianta características fáceis de reconhecer esta mulher: “Usa sempre havaianas e roupas muito largas.”
A mulher também já foi preconceituosa contra pessoas de outros países. Eduarda Rabello, brasileira a viver em Portugal, conta ao Holofote que a mulher lhe gritou: “Brasileiros vão para o Brasil”. Este caso terá ocorrido a 9 de Março. “Estava no bar onde um amigo trabalha e ela começou a exaltar-se dentro do bar. Quando ela saiu, eu estava lá fora com os meus amigos brasileiros e ela começou a gritar: “Brasileiros, vão para o Brasil’”. Depois de um tempo de discussão, ela tentou atirar uma cadeira sobre mim, mas não acertou, e continuou a humilhar e a falar para nós, brasileiros, irmos para o Brasil”.- referiu Eduarda
Tal como Dária, Eduarda chamou as autoridades ao local: “Depois de um tempo chamei a polícia, eles chegaram e nem assim ela controlou-se, ficou a gritar: “Leva-me para a esquadra, lá é minha casa”. Também disse que não levaria os polícias a sério porque tinham cara de taxistas”.
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