Cova da Piedade | Festa da Maia
Dia 1 de Maio celebrou-se a Festa da Maia na Cova da Piedade, com o tradiconal desfile da Maia pelas ruas acompanhada da Banda Filarmónica da SFUAP
No dia 1 de Maio, realizou-se a Festa da Maia, no Largo da Romeira e no Jardim da Cova da Piedade. Houve banda, desfile da Maia, actividades para os mais novos e, muitas flores em papel e tecido.
Esta festa tem origem na mitologia romana, e na deusa Maia Maiestas, sendo-lhe consagrado o mês de Maio. Maia é a deusa da fecundidade, da projecção da energia vital, e da Primavera. Maiestas personifica o despertar da natureza na Primavera e o renascimento. A festa, marcadamente pagã, celebra o fim do Inverno e o início da Primavera, quando a natureza retoma a vitalidade, representada nas flores, elemento central nas ornamentações e adornos usados nesse dia. A tradição de assinalar festivamente o primeiro dia de Maio está espalhada por várias zonas do país.
A Festa da Maia que se realiza na Cova da Piedade tem origem na cultura tradicional algarvia, trazida para Almada pelas populações migrantes que encontraram trabalho na Romeira, onde se instalaram duas das maiores unidades industriais corticeiras do concelho de Almada. Junto dessas fábricas surgiram novas zonas habitacionais, nomeadamente vilas operárias, entre as quais a Vila Maria da Conceição. Nela as mulheres algarvias celebravam o primeiro dia de Maio, fazendo com palha uma boneca vestida de branco, enfeitada com flores, com três figos secos na mão direita (simbolizando a pureza), e colocada à entrada da Vila, para receber a Primavera e afastar o Inverno.
Em 1992 o Jardim Infantil da Romeira, com o objectivo de recriar esta antiga tradição, passou a promover um desfile, entre o Largo da Romeira e o Jardim da Cova da Piedade, acompanhado pela banda filarmónica da SFUAP e pelas crianças vestindo de branco ou com trajes alusivos às profissões típicas da Cova da Piedade. Na frente do desfile segue a boneca da Maia criada por Amélia Albuquerque, conhecida como a “mãe da Maia”, que acrescentou à tradição os fios de ouro, com o propósito tornar a Maia rica, como se a tradição camponesa que lhe deu origem no Algarve cumprisse na Romeira o sonho de enriquecer.
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