Feijó homenageou a Revolta dos Marinheiros

Dia da Praça e homenagem à Revolta dos Marinheiro realizou-se no dia 10 no Feijó

O Dia Nacional da Praça e A Revolta dos Marinheiros, ou Motim dos Barcos do Tejo, de 8 de Setembro de 1936, foi celebrada no dia 10, numa cerimónia realizada junto ao Monumento ao Marinheiro Insubmisso, construído há 12 anos junto ao Centro Civico Do Feijó. Foram evocados os 86 anos desta revolta, assinalado o 12.º aniversário da inauguração do referido monumento e, realizou-se também uma homenagem ao militar Aliu Camará, vítima de acidente na República Centro-Africana, em Junho de 2019.

A cerimónia contou com a presença das seguintes entidades civis: a vereadora Francisca Parreira, em representação da Câmara Municipal de Almada; a presidente da União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas Maria D’Assis; o presidente da Junta de Freguesia do Laranjeiro e Feijó Luis Palma; Ana Paula Silva, representante do Presidente da Assembleia Municipal de Almada; o representante do grupo parlamentar do Partido Comunista Português, Bruno Dias, bem como vários outros representantes de instituições do concelho e nacionais.

A nível militar estiveram presentes um representante de Sua Excelência, o Presidente da República, bem como do Ministério da Defesa Nacional, dos Estados Maiores dos três ramos das Forças Armadas, da Associação de Praças das Forças Armadas e do Clube de Praças da Armada, e testemunharam a homenagem ao soldado dos comandos Aliú Camará.

Após as intervenções do Presidente da Associação de Praças, teve lugar a cerimónia de deposição de flores junto do Monumento ao Marinheiro Insubmisso.

A 8 de setembro de 1936, um grupo de marinheiros dos navios Bartolomeu Dias, Dão e Afonso de Albuquerque decidiram enfrentar o regime ditatorial de então. Estavam convictos da vitória, mas o golpe foi controlado pelo governo, que ordenou o bombardeamento dos navios sublevados, resultando na morte, prisão e condenação de centenas de marinheiros.

O levantamento foi organizado pela Organização Revolucionária da Armada, uma estrutura ligada ao Partido Comunista Português, com o objectivo de desviar os navios para Espanha e colocá-los à disposição do Governo republicano Espanhol. A rebelião foi esmagada, resultando na morte de 12 marinheiros e na deportação de outros 34 para o Campo de Concentração do Tarrafal. Foram demitidos diversos oficiais e sargentos. Estes marinheiros foram os primeiros presos do Tarrafal.

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

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