Feijó | O Gajo apresenta o Não Lugar
O GAJO, punk da viola campaniça, apresenta o seu mais recente disco "Não Lugar", na FNAC Almada, dia 22 de Abril pelas 17h

O GAJO, alter-ego de João Morais, apresenta o seu mais recente disco “Não Lugar”, na FNAC Almada, dia 22 de Abril pelas 17h.
João Morais, o verdadeiro nome d’O GAJO, começou a tocar guitarra aos 15 anos de idade, tendo feito parte de várias bandas do circuito Punk Rock português. O seu passado nos meios mais underground do rock nacional, como guitarrista de bandas como Corrosão Caótica, Carbon H ou Gazua, não faziam antever uma reinvenção como a que conseguiu com este alter-ego musical iniciado em 2016, a que chama World Music.
Conheceu a viola campaniça “quase por acaso” numa noite em Beja, pela mão de “um exímio tocador” de viola campaniça. Sem o saber, tinha encontrado o caminho que há muito procurava, o de “criar um som próprio, imediatamente identificado como português”.
O GAJO mergulhou nas raízes da música popular portuguesa com a viola campaniça, aliando este instrumento com a sua vivência Punk Rock urbana. Surpreendeu pelo modo como trouxe a viola campaniça para o ambiente urbano da grande Lisboa, trocando as voltas a este instrumento tradicional alentejano, que nas suas mãos tanto soava a fado como a punk rock.
“Não lugar” é o nome do seu mais recente disco e traz um novo ciclo de exploração da Viola Campaniça através de várias colaborações e sonoridades surpreendentes. Neste disco “o objectivo foi mesmo o de levar a viola campaniça para outros lugares, encaixando-a com instrumentos dessas paragens. No fundo queria abrir-me ao outro, sem complexos nem preconceitos, tal como fazemos quando estamos em viagem”, explica João Morais.
Neste trabalho, a viola campaniça surge lado a lado com a Korá Guineense de Braima Galissá, a Viola Ressonadora Brasileira de Ricardo Vignini, a viola braguesa de Vasco Casais (Omiri), o Electric Saz turco de Thomas Attar Belier ou a sitar indiana de Luís Simões (Satúrnia).
“Não andei propriamente à procura do exotismo pelo exotismo, bem pelo contrário, porque recorri a empatias já criadas anteriormente. O único critério era conhecer os músicos e que eles tocassem este tipo de instrumentos. Aliás, as músicas foram feitas de propósito para eles”, refere o músico também compositor, assumindo estar sempre num “lugar exploratório”.
Esta é uma caminhada que garante, “é para continuar”, embora ainda não saiba bem dizer para onde, porque “a viola campaniça ainda tem muito para explorar” e por isso pretende “dar cada vez mais possibilidades ao instrumento”. Outra novidade neste trabalho foi a introdução, pela primeira vez no projecto O GAJO da voz, neste caso a da cantora Kátia Leonardo.
Sem formalidades ou ideias pré-concebidas, a viagem musical d’ O GAJO segue derrubando barreiras, em constante transição, sempre com o foco maior na música. O GAJO toca música do mundo para o mundo.
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