Freguesia do Laranjeiro e Feijó distinguida com Selo Comunidades Pró Envelhecimento
A distinção é atribuída pela Ordem dos Psicólogos Portugueses, na 2ª edição desta iniciativa
A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) atribuiu à Junta de Freguesia de Laranjeiro e Feijó (JFLF) a distinção do Selo Comunidades Pró Envelhecimento. Esta Junta de Freguesia do concelho de Almada já tinha recebido a distinção na edição anterior desta iniciativa, referente a 2020-2021 e, volta a recebê-la na 2ª edição para o biénio 2022-2024.
A distinção da Ordem dos Psicólogos Portugueses, visa reconhecer o trabalho das autarquias e poder local que respeitem o princípio da dignidade, da autonomia, do desenvolvimento pessoal, do acesso aos cuidados/serviços e da participação dos cidadãos mais envelhecidos. Todos os cidadãos, independentemente da sua idade, devem poder usufruir dos seus direitos e autonomia, acedendo a serviços de saúde, cultura, educação e lazer, assim como participar na vida política e social das comunidades onde vivem.
Com o objectivo de enquadrar o lançamento da campanha Comunidades Pró-Envelhecimento, a iniciativa procura também compreender o processo de envelhecimento e as principais dimensões de um envelhecimento saudável e bem-sucedido.
A cerimónia de entrega das distinções está marcada para o dia 14 de Abril de 2023, no auditório da Fundação Eugénio d’Almeida, em Évora.
O que é o Selo Comunidades Pró Envelhecimento
O Selo Comunidade Pró-Envelhecimento pretende reconhecer e distinguir as comunidades portuguesas, cujas políticas, programas, planos estratégicos e prácticas demonstram um compromisso forte e efectivo com a promoção do envelhecimento saudável e bem-sucedido ao longo de todo o ciclo de vida.
A Ordem dos Psicólogos Portugueses perspectiva as Comunidades como contextos de vida de excelência para a promoção do envelhecimento saudável e bem-sucedido, com o objectivo último de construirmos uma sociedade coesa, equitativa, inclusiva, saudável e segura, que promova o bem-estar e a contribuição cívica de todos os cidadãos, durante todos os momentos do ciclo de vida.
Esta iniciativa constitui-se como um contributo da OPP para a sustentabilidade dos sistemas social e económico, através do investimento no enorme e rico capital humano que possuímos.
Segundo a OPP “são as pessoas o principal valor da sociedade e esse valor não tem fronteiras de idade. Neste sentido, mais do que tentar anular o en-velhecimento demográfico, é necessário mobilizar esforços para potenciar os benefícios do envelhecimento. Desconsiderar o benefício colectivo do envelhecimento é desperdiçar capital humano.”
“Assumimos que o envelhecimento é um processo desafiante, mas com muito valor, que ocorre ao longo de todo o ciclo de vida, que é bom envelhecer e que, individual e socialmente, temos a ganhar com o aumento da longevidade. Partimos ainda do princípio de que pequenas mudanças no ambiente e nas oportunidades que são disponibilizadas às pessoas podem ter consequências significativas no envelhecimento, permitindo prevenir as perdas associadas à velhice e promover a adaptação bem sucedida.”, defende a OPP.
Envelhecimento em números
A esperança de vida à nascença, indicador global de Saúde, tem progredido em Portugal, quer para homens, quer para mulheres. Em pouco mais de meio século, a esperança de vida à nascença aumentou 17 anos. Embora, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE, 2022), a esperança média de vida tenha diminuído, em consequência da Pandemia COVID-19, para 80,72 anos, comparado aos anos entre 2018 a 2020, quando a esperança média de vida à nascença era de 78,07 anos para o sexo masculino e 83,67 anos para o sexo feminino. De acordo, com as projecções do INE, por volta de 2080, a esperança de vida à nascença terá aumentado para mais de 92 anos, no caso das mulheres, e situar-se nos 87,4, no caso dos homens.
Também em consequência destas alterações, que se verificam em todo o mundo, quer a proporção quer o número absoluto da população mais velha está a aumentar. Entre 2011 e 2021 verificou-se uma diminuição da população em todos os grupos etários, com excepção do grupo da população com 65 e mais anos, que teve um crescimento de 20,6%. No ano passado, os portugueses com 65 e mais anos representavam 23.4% da população residente. Eram 2.424.122 pessoas, contra os 1.331.396 de jovens até aos 14 anos. Daqueles, 12,8% já tinham 85 ou mais anos. Em Portugal, por cada 100 jovens, existem, em média, 182 idosos – números que traduzem um agravamento do índice de envelhecimento em 42% no espaço de dez anos. Segundo as projecções do INE de 31 de Março de 2020, este índice irá atingir, em 2080, o valor de 300 para cada 100 jovens. Portugal passará de 2,2 milhões de população mais velha que tinha em 2018, para 3 milhões em 2080, numa população total que decrescerá dos 10,3 para 8,2 milhões de pessoas. Portugal é o terceiro país mais envelhecido da Europa e o quinto do mundo.
Estando a população portuguesa entre as que vivem mais tempo na Europa, somos também dos que, a partir dos 65 anos, vivem com menos saúde. Enquanto uma cidadã sueca pode, aos 65 anos, contar à partida com mais 15,6 anos de vida sem qualquer incapacidade, para uma cidadã portuguesa essa expectativa reduz-se para os 6,7 anos.
Distinção, Junta de Freguesia Laranjeiro e Feijó, Ordem dos Psicólogos Portugueses, Selo Comunidades Pró Envelhecimento