Monte da Caparica | Impacto da Poluição Atmosférica na Saúde
Hoje às 16h na Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz, são apresentados ao público os resultados do estudo que avalia o impacto da poluição atmosférica na saúde das populações a nível nacional.
A apresentação pública dos resultados do estudo “Poluição atmosférica e poluição em Portugal: avaliação quantitativa da carga de doença associado ao ambiente usando o modelo AirQ+”, que avalia o impacto da poluição atmosférica na saúde das populações a nível nacional, está englobada no programa da Câmara Municipal de Almada (CMA) da Semana Europeia da Mobilidade (SEM).
Almada foi um dos concelhos incluídos como unidade de observação neste estudo, sendo agora revelados os resultados à comunidade em geral. A sessão é aberta a órgãos de comunicação social, jornalistas, investigadores, autoridades de saúde e governo local e, inclui um debate sobre o contributo que trabalhos científicos podem dar na definição e implementação de políticas de Saúde Populacional / Ambiental.
Nesta apresentação, será demonstrado o contributo da investigação desenvolvida pela Área Temática em Saúde Ambiental do Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz, cujos resultados poderão ser utilizados pelas autoridades nacionais na concepção, implementação, e comunicação atempada, de políticas eficazes para promover um ambiente saudável, contribuindo, assim, para o esforço nacional de atingir os ODS de forma integrada.
A palestra centra-se na análise da evolução temporal da concentração atmosférica de poluentes como o NO2 (dióxido de nitrogênio), PM2.5 e O3 e da mortalidade por todas as causas em populações de risco, em Portugal no período 2010 – 2019, assim como na distribuição geográfica dos níveis de poluição e mortalidade associada em todas as zonas e aglomerações de monitorização obrigatória, imposta por Directivas da União Europeia. Os resultados permitem responder às seguintes questões: onde se morre mais e menos em Portugal devido à exposição à poluição? Quantas vidas se podem salvar por ano em Portugal caso os atuais níveis de poluição atmosférica associada ao tráfego automóvel e actividade industrial sejam reduzidos a valores realistas?
O número crescente de mortes prematuras tem sido associado à poluição atmosférica, responsável por mais de 5000 mortes por todas as causas, por ano, em Portugal. Esta consciencialização levou à inclusão do ambiente saudável como uma das 3 dimensões do desenvolvimento sustentável na Agenda da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2030.
Países e partes interessadas comprometeram-se a trabalhar para a plena implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e das 169 metas associadas para a comunicação atempada do seu progresso. No entanto, os esforços para alcançar os ODS até à data foram insuficientes e desiguais entre os países, nomeadamente quanto à prontidão da resposta, qualidade e desagregação dos dados exigida pela avaliação dos progressos da implementação dos ODS a nível nacional.
Em Portugal, a mais recente publicação do INE sobre a monitorização estatística da Agenda 2030 a nível nacional para o período 2010 – 2019, não reporta dados sobre o indicador 3.9.1 – Taxa de mortalidade atribuída à poluição doméstica e do ar ambiente, devido à escassez e irregularidade das séries de dados disponíveis, mas conclui que a evolução do indicador 11.6.2 – Níveis médios anuais de partículas finas (por exemplo, PM2.5 e PM10) nas cidades, ocorreu no sentido desejado, abaixo do valor limite de 25 μg/m3.
Local: Egas Moniz-Cooperativa de Ensino Superior, Campus Universitário, Quinta da Granja, Monte de Caparica; CRL; CiiEM; Área Temática de Saúde Ambiental; Laboratório WDXRF
Quando: sexta-feira 16:00 17:30
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