O messias Pedro Nuno Santos e a núncia Inês de Medeiros
Em Almada, temos uma presidente de câmara que já provou que deixa muito a desejar no que diz respeito à concretização de projectos e obra que beneficie os almadenses, naquelas que são as suas verdadeiras necessidades.
É muito usual ouvir-se da boca do povo que deveria haver eleições todos os anos. Talvez seja verdade, compreende-se bem o sentido sábio e irónico do povo.
Quem não se lembra das propostas, prioridades e promessas feitas em cima de eleições para tentar ganhar mais uns votos e conseguir ascender ao poder? Atrevo-me a dizer, infelizmente, que é practicamente transversal a todos os quadrantes políticos da esquerda à direita, explorando-se bem o lado emocional e as necessidades das pessoas. Nas eleições legislativas do presente ano não será diferente.
Em Almada, temos uma presidente de câmara que já provou que deixa muito a desejar no que diz respeito à concretização de projectos e obra que beneficie os almadenses, naquelas que são as suas verdadeiras necessidades.
São projectos e projectos adiados que não saem da gaveta e, há mesmo alguns que nem ao papel chegaram. Tudo isto porque Inês de Medeiros, além de não sentir Almada, não tem competência suficiente para gerir um grande concelho como o nosso. Promessas atrás de promessas vão ficando pelo caminho, fruto de uma gestão sem ideias para Almada e de um executivo que não executa, comparativamente ao primeiro mandato do PS onde a esperança no futuro era grande, mas se desvaneceu desde 2021.
Certamente, tal como assistimos na proximidade da campanha eleitoral das eleições autárquicas de 2021, Inês de Medeiros e o PS de Almada, acompanhado pelo PS do distrito, tentando aqui marcar e consolidar o seu crescimento, virá com Pedro Nuno Santos, o novo Secretário-Geral do Partido Socialista e candidato a Primeiro-Ministro, prometer o céu e a terra aos almadenses. Onde já vimos isto…
Certamente, Pedro Nuno Santos, tal qual António Costa, discursará junto a Inês de Medeiros nos Paços do Concelho, com pompa e circunstância adequada, feita à medida para a angariação de mais uns votos à esquerda e ao centro, ou descerá a avenida emblemática e carismática da cidade até Cacilhas, com a banda a tocar e as televisões a acompanhar, distribuindo rosas e um panfleto cheio de sonhos, que na realidade estão por concretizar, tendo já sido prometidos anteriormente.
A extensão do metro à Costa da Caparica, os novos barcos da Transtejo, a Margueira, o Ginjal, a Trafaria, a habitação, a erradicação das barracas, tal como uma nova travessia do Tejo feita por túnel Trafaria/Algés, entre outros projectos, se forem apregoados com Pedro Nuno Santos e Inês de Medeiros de braço dado, não nos admiremos. Está na génese deste PS usar a retórica, abusar da esperança e necessidades das populações, dando-nos no final uma mão cheia de nada.
Desde José Sócrates, passando por António Costa e agora com Pedro Nuno Santos, o Partido Socialista tornou-se uma espécie de cata-ventos, que promete e age consoante os seus principais interesses, relevando as populações para último lugar. As constantes trapalhadas e escândalos que assolaram o último mandato e, culminaram na demissão do Primeiro-Ministro, provam bem que o Partido Socialista quanto mais poder tem mais quer. Nem com maioria absoluta, ou talvez por causa dela, redundou numa verdadeira obsessão pelo poder, embrenhando-se numa rede de conflitos e promiscuidades, muitas delas ainda a braços com a justiça, que envergonham Portugal e o povo pacífico e tolerante, que é o nosso.
Almadenses, peço-vos, como almadense que também sou, para não caírem no conto eleitoralista das propostas fáceis, nomeadamente daqueles que já prometeram e não cumprem. Poderia estar aqui a encher páginas com as promessas de Inês de Medeiros não cumpridas, em que qualquer desculpa serve para justificar e disfarçar a ausência gritante de competência e de amor ao concelho. Estou certo, que os almadenses saberão dar a resposta adequada nos momentos decisivos e, irão punir nas urnas aqueles que poucos dias antes das eleições lhes tocam nas costas e, lhes estendem a mão cheia de promessas e certezas para cumprir.
É tempo de mudança, de deixar para trás aqueles que já provaram que não fazem melhor, que escondem as suas fragilidades e falta de competência no passado e no trabalho dos outros, em jeito de disco riscado, com o objectivo de continuar a enganar as pessoas, para se perpetuarem no poder.
Almadenses, estou certo de que quando voltar a escrever-vos, já o país estará, felizmente, noutra realidade, que todos também ambicionamos para Almada e, que assim possamos dar uma nova esperança e um novo rumo a este concelho, que tem tudo para ser um dos concelhos com mais qualidade de vida no país.
É preciso desenvolvimento, é preciso acção, é preciso concretização, é preciso obra. Só com obra feita e verdadeiramente direccionada para as necessidades das pessoas, o concelho consegue seguir em frente.
Almada Online, António Pedro Maco, CDS-PP, Crónica, Opinião