Porto Brandão e Trafaria | CGTP acusa Administração e Governo de incumprimento dos serviços mínimos

Na opinião da central sindical ambos levaram ao desinvestimento na manutenção da frota

A a CGTP-IN reagiu em comunicado à supressão do transporte fluvial entre Porto Brandão, Trafaria e Belém, anunciada dia 27 de Julho pela Transtejo.

A Central Sindical defende que não sendo possível efectuar o transporte de passageiros e viaturas a administração da Transtejo “confina a população e os moradores de Porto Brandão e Trafaria, não existindo para tal alguma alternativa para estas pessoas se deslocarem para Lisboa.”

No comunicado pode ainda ler-se que “O que está em causa é o desinvestimento das sucessivas Administrações nomeadas ora por Governos PS ora por Governos PSD/CDS, desinvestimento esse que leva a que as embarcações não tenham a devida manutenção, que a embarcação Lisbonense esteja encostada já há dois anos, que a reparação que deveria ser feita no Almadense ainda não tenha o acordo da Administração.”

“Estamos perante uma Administração que é paga a peso de ouro e que não cumpre os serviços mínimos e prejudica a população de Porto Brandão e Trafaria bem como os trabalhadores que querem todos os dias sair de suas casas para irem para o seu trabalho.”, escreve ainda a CGTP-IN.

Acaba o seu comunicado dizendo que “há muito tempo que os serviços da Transtejo comunicaram à Administração as suas necessidades para a respectiva manutenção da frota e das embarcações, lamentável é o facto da Administração e do Governo P.S. não cumprirem com os serviços mínimos, tendo em conta o direito ao transporte público que os utentes da Trafaria e Porto Brandão têm.”

Recordamos que a esta suspensão do transporte fluvial acrescem os atrasos e intervalos de tempo das novas carreiras da Carris Metropolitana em Porto Brandão e na Trafaria, fazendo com que estas duas localidades estejam muito limitadas na sua mobilidade em termos de transportes públicos.

A Área Metropolitana de Lisboa (AML), que através da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) é responsável pela Carris Metropolitana, apesar de estar a par da situação, não anunciou qualquer reforço do serviço ou alternativa a esta ligação fluvial. A AML diz em comunicado no seu site ter sido informada da situação pelo conselho de administração da TTSL – Transtejo Soflusa.

O Almada Online questionou a Transtejo Soflusa no dia 27 sobre os motivos da supressão do transporte fluvial, visto não ter sido avançado pela empresa uma causa justificável no seu comunicado de suspensão e, a resposta que obteve foi a de que “A suspensão temporária do serviço de transporte na ligação fluvial da Trafaria decorre de avaria técnica inesperada do navio ferry que opera nesta ligação. As perturbações de serviço (supressões e alguns atrasos) registadas desde 25 de Julho, 2.ª feira, na ligação fluvial de Cacilhas – que afectam, em particular, as horas de ponta da manhã e da tarde – devem-se a limitações operacionais e a constrangimentos técnicos e financeiros na manutenção da frota desta ligação fluvial. Estão em curso os processos que visam a reparação/manutenção não programada das unidades que registaram avarias imprevistas. A TTSL lamenta os incómodos causados aos seus/suas passageiros/as e agradece a compreensão face à conjuntura acima exposta.”

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

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