Transtejo prolonga até fim de Julho horários alterados entre Cacilhas e o Cais do Sodré
Devido a constragimentos operacionais que se mantêm, os horários dos dias úteis, alterados em finais de Maio, irão prolongar-se até 22 de Julho
No final do mês de Maio a Transtejo anunciou que os horários em dias úteis na ligação fluvial entre Cacilhas e o Cais do Sodré sofreriam alterações, que se manteriam em vigor até 22 de Junho.
Hoje, dia 22 de Junho, a Transtejo informa no seu site que: “Mantendo-se os constrangimentos operacionais, entre 22 de Junho e 22 de Julho, continuará a ser praticado o novo Horário aos Dias Úteis, na ligação fluvial de Cacilhas.”, ou seja, a alteração que inicialmente vigoraria apenas um mês, passa agora a vigorar dois. A operadora de transportes fluviais, volta também a informar que, aos fins de semana e feriados os horários mantém-se sem nenhuma alteração.
Pode consultar os horários em tempo real aqui e na aplicação TTSL
Mantem-se assim durante mais um mês a redução de 23% do serviço prestado aos utentes anunciada em Maio. Este é mais um episódio, que confirma a impossibilidade por parte da transportadora fluvial em conseguir garantir um serviço regular, com ligações e horários fiáveis, entre as duas margens do Tejo.
Segundo o site Lisboa para Pessoas, entre as 5 e 10 horas da manhã, passaram a existir 22 barcos entre Cacilhas e Lisboa onde antes de Maio existiam 30. Uma redução de 27% que faz toda a diferença na vida dos passageiros, agora com menos opções de horário, e com barcos mais lotados. Às 18 horas, existiam sete carreiras de Lisboa para Almada, a partir desta alteração nos horários, existem apenas quatro. Antes existiam 83 ligações por sentido, são agora apenas 64. Para chegar a estas conclusões de redução efectiva nos serviços efectuados pela Transtejo entre Cacilhas e o Cais do Sodré, basta comparar os antigos horários e os novos, temporários a caminho de dois meses.
Estes constrangimentos, visíveis no site da TTSL, onde se repetem incessantemente mensagens de incumprimento de ligações, são sentidos no dia-a-dia dos passageiros. Há dois meses que ao comprarem o título de transporte mensal, os utentes da Transtejo que utilizam as estações fluviais de Cacilhas e do Cais do Sodré, pagam 23% de ligações que não existem, sendo assim prejudicados a nível monetário, como se não bastasse o prejuízo causado pelas reduções nas ligações fluviais nas suas vidas e compromissos.
Com esta redução nas ligações fluviais, num horizonte temporal onde não se vislumbra o fim, o mínimo que se exige deste serviço público, é que o preço dos títulos dos transportes fluviais seja também reduzido proporcionalmente às ligações que deixaram de existir, ou seja, em 23%.
Em Fevereiro, numa audição parlamentar, um responsável do Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante (STFCMM) dizia que “em 2018, a frota da Transtejo Softlusa, conjuntamente, totalizava 26 navios, 19 pontões e nove terminais de acesso aos passageiros. Actualmente, somente existem 14 navios operacionais e 12 pontões certificados, (muitos já não têm certificação). 50% da frota foi reduzida, ou por envelhecimento, ou por avarias irrecuperáveis. Os restantes navios servem de peças para os que estão em operação”.
Apenas entre os terminais de Cacilhas e Cais do Sodré, a Transtejo transporta cerca de 6,7 milhões de passageiros por ano, segundo dados de 2018, data do último Relatórrio de Contas público da empresa. Os documentos oficiais dos anos seguintes não se encontram disponíveis, tendo a seguinte mensagem: “Documento elaborado a aguardar aprovação do accionista”
Há dois meses com nova administração, não houve ainda melhoria no serviço prestado pela Transtejo aos almadenses.
Relembramos que a Transtejo é responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, na margem sul, e o Cais do Sodré, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro e o Terreiro do Paço
As duas empresas têm uma administração comum e operam sob a marca TTSL. Em 11 de Abril, foi nomeada pelo Governo uma nova administração, agora presidida por Alexandra Carvalho, que substituiu no cargo Marina Ferreira, depois de um esmagador acórdão do Tribunal Constitucional sobre a compra de baterias eléctricas ter levado à demissão da administração anterior.
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