Transtejo volta a prolongar ajuste de horários até 21 de Junho

A Transtejo voltou a anunciar no seu site que “devido à manutenção dos constrangimentos operacionais, continua a ser praticado o atual Horário aos Dias Úteis, na ligação fluvial de Cacilhas” ao Cais do Sodré, até dia 21 de Junho.

Este prolongamento no ajuste de horários dura há um ano, como se pode constatar pelo histórico de avisos da transportadora fluvial. Numa linha que é um dos meios mais importantes na deslocação da população do concelho de Almada para Lisboa, significou na práctica uma diminuição em cerca de 30% na oferta de transportes públicos fluviais, o que reduziu a mobilidade dos almadenses desde Maio do ano passado, funcionando também como um incentivo à utilização do transporte individual, com consequências nefastas nas metas de sustentabilidade ambiental e descarbonização.

O ministro do Ambiente e da Acção Climática da altura, Duarte Cordeiro, declarou a 25 de Outubro do ano passado, na sua audição parlamentar na comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, que “as avarias e a frota insuficiente foram os motivos responsáveis por 43% e 47%, respectivamente, das viagens suprimidas na Transtejo. ” Acrescentou ainda que “no caso de Cacilhas, a operação realiza-se com menos um navio do que o necessário”, salientando que “os constrangimentos só poderão ser ultrapassados com a chegada dos novos navios”. Na mesma ocasião o ministro disse também que “a instalação do posto de carregamento dos navios de Cacilhas está prevista para Junho de 2024”, estando esta já atrasada relativamente à previsão feita.

Entretanto, já chegaram a Lisboa mais dois novos barcos da frota eléctrica da Transtejo. O “Ibis-Preto” chegou a 21 de Abril, e o “Tarambola-Dourada”, foi descarregado no Porto de Lisboa a 4 de Junho. Os dois navios, que já se encontravam em fase de testes e formação da tripulação, iniciarão viagens regulares entre o Seixal e o Cais do Sodré em Julho.

Recorde-se também, que a operação de renovação da frota da Transtejo, iniciada em 2019, tem até ao momento uma derrapagem de 23 milhões de euros, como noticiámos anteriormente.