Almada | Gume ao pôr-do-sol na Cerca

A edição deste ano do Há Música na Cerca, convida actores, músicos, escritores, e artistas a partilharem as suas músicas preferidas. A primeira sessão dos Concertos ao Pôr-do-Sol na Casa da Cerca, conta com as músicas escolhidas pelo, rapper, activista e antigo preso político angolano e integrante, com Pedro Coquenão, do projecto musical IKOQWE, Luaty Beirão, enquanto se espera que os Gume subam ao palco do Anfiteatro do Jardim Botânico, às 21h30.

Com dois discos já editados, “Pedra Papel” (2017) e “Dobra” (2023), é no último que o concerto dos Gume na Cerca irá incidir. Neste trabalho de originais, a banda mistura jazz, afrobeat, composição erudita, música electro, e voz, sempre com um um ritmo constante. “Dobra” Continua a exploração da síncope, da palavra e da melodia, em diálogo com a cultura urbana e as tradições rítmicas originárias de África e da sua diáspora, que a banda já tinha iniciado no trabalho anterior.

O conjunto de músicos de Lisboa, manifesta “uma relação entre o real e o simbólico neste trabalho, balançando em direcção a uma mitologia sonora em temas que ressoam os axiomas lançados por Sun Ra: ‘I do not come to you as a reality; I come to you as the myth!’ A trama resultante de motivos melódicos e células rítmicas, entrelaçadas por improvisações, estabelece material fértil para a criação de novas narrativas que se intersectam através da revisitação de formas tradicionais como a rumba cubana, o maracatu brasileiro, o rara haitiano, o jazz e o rap norte-americanos.”, explica a organização.

Os Gume são um sexteto formado por Yaw Tembe no trompete e voz, Sebastião Bergmann na bateria, André David na guitarra, Pedro Monteiro no baixo, Raquel Lima na voz e textos, e Juninho Ibituruna na percussão.

A entrada é livre, sujeita à lotação do espaço.

O programa Há Música na Casa da Cerca é desenvolvido, desde 2015, pela Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea em parceria com a PontoZurca – editora e produtora discográfica almadense . Em 2024 cumpre-se a sua 10.ª edição e, em jeito de celebração, revisitam-se todas as categorias de programação que fizeram parte do ciclo ao longo dos anos: Concertos ao Pôr-do-Sol (incluindo a partilha de playlists de convidados), Música nas Exposições e Concertos Invisíveis.