Trabalhadores dos TST em greve a 9 e 28 de Maio

Os trabalhadores dos Transportes Sul do Tejo (TST) convocaram uma greve para Quinta-Feira dia 9, e também para dia 28 de Maio.

A greve estará em vigor entre as 3h00 de 9 de Maio às 3h de 10 de Maio. A empresa alerta para a possibilidade de que “neste período, possam ocorrer constrangimentos nos serviços operados pela Carris Metropolitana (CM), na área 3, que inclui os municípios de Almada, Seixal e Sesimbra”.

Sara Gligo, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) explicou, em declarações à agência Lusa, que a marcação da paralisação surge depois de a empresa ter aplicado um aumento salarial de 5,89% e um novo subsídio de refeição, de 6,78 euros.

O aumento ocorreu depois de os trabalhadores terem rejeitado em plenário, a 15 de Abril, o valor proposto pela empresa, um mínimo de 60 euros, e uma subida do subsídio de refeição para 7,30 euros, pagos em cartão de refeição.

Os trabalhadores reclamavam já o aumento de 80 euros no vencimento e um subsídio de refeição de 10 euros em numerário, e anunciaram, na altura, que estavam dispostos a avançar para uma greve.

Segundo Sara Gligo, o sindicato informou a transportadora sobre a rejeição aprovada em plenário, procurando assim chegar a um valor de equilíbrio entre as duas partes.

Contudo, dois dias depois, adiantou a dirigente sindical, a empresa divulgou uma informação referindo que iria aplicar um aumento de 5,89%, “o que para alguns trabalhadores não representa mais 60 euros no vencimento”, e um subsídio de refeição no valor de 6,78 euros em dinheiro.

Na quinta-feira os trabalhadores em greve estarão reunidos em plenário a partir das 10h30 nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas (BV Cacilhas). O plenário tem como objectivo “discutir e decidir de acordo com as reivindicações dos trabalhadores”, segundo a Fectrans.

A agência Lusa questionou a empresa sobre o assunto, tendo a transportadora referido que nada tem a acrescentar.

Os TST servem os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, através da Carris Metropolitana, e, segundo a dirigente sindical, têm um total de 900 trabalhadores.

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