Arsenal do Alfeite tem novo Conselho de Administração

O novo Conselho de Administração do Arsenal do Alfeite S.A. foi designado na passada Sexta-Feira pelo Governo, com efeitos a partir do mesmo dia, 19 de Julho.

O novo presidente executivo é o engenheiro Bernardo Soares, o vogal executivo o Comodoro Francisco Antunes, e o vogal não executivo o Capitão-de-Mar-e-Guerra Luís Gonçalves. A estes irão juntar-se uma administradora executiva e outra não executiva “a designar proximamente”, segundo comunicado do Ministério da Defesa Nacional.

Esta mudança na gestão do Arsenal do Alfeite, ocorre após comunicação de renúncia do anterior Conselho de Administração, a 25 de Junho passado.

À nova administração caberá “garantir a resposta operacional necessária à Marinha Portuguesa e um desenvolvimento eficaz das respectivas competências.”

Para esse efeito, e por determinação do Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, competirá também à nova administração “a apresentação com carácter de urgência de um plano estratégico e de investimento, que após aprovação pela tutela, permitirá soluções estruturais com vista à sustentabilidade da empresa, à maximização do respectivo potencial e ao reforço suplementar da capacidade exportadora.”, segundo o mesmo comunicado.

O Ministro da Defesa Nacional visitará nas próximas semanas, em data ainda a anunciar, as instalações do Arsenal do Alfeite S.A., “ocasião que servirá também para reunir com a nova administração e contactar os trabalhadores.”, refere ainda o comunicado.

A nova Administração do Alfeite foi nomeada em Assembleia Geral da idD Portugal Defence, a holding estatal que detém o estaleiro, com conhecimento do ministério da Defesa, “no contexto de um propósito de reestruturação que implicará o acompanhamento do processo pela tutela para a prossecução dos objectivos pretendidos, tendo em conta as necessidades da Marinha Portuguesa e o interesse nacional”, adiantou a tutela.

Recorde-se que a 25 de Junho, o ministro da Defesa Nacional afirmou que recebeu o Arsenal do Alfeite “tecnicamente falido” e que contraiu empréstimos de cerca de dois milhões de euros para pagar salários e cumprir obrigações fiscais.

A comissão de trabalhadores ainda aguarda a reunião que pediu ao ministro da Defesa, Nuno Melo, para saber que medidas estão a ser estudadas para resolver a actual situação financeira do estaleiro, que querem manter público.

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