Cacilhas | Cat-Gut Jim
Uma performance que pode ser vista na Casa da Dança de Almada - Ponto de Encontro, dia 13 de Setembro às 19h
Cat-Gut Jim é uma partilha de processo, uma performance em drag ancestral interpretada por Connor Scott, que evoca Edward “Ned” Corvan através da música e dança. A entrada é livre.
Partindo do arquivo musical de Cat-Gut Jim, a personagem de rua do comediante e violinista geordie, Edward “Ned” Corvan (1830-1860), o coreógrafo Connor Scott tenta desaparecer e dançar na rememoração de Corvan, o seu quinto bisavô. Corvan escreveu e tocou canções no dialecto geordie, falado na região de Tyneside, no nordeste de Inglaterra, e associado à classe trabalhadora. Através de uma práctica de chamamento e transmissão, Cat-Gut Jim esforça-se por deslocar o corpo de Connor para se deixar interpretar por e com outra extensão de si. A obra propõe um ponto de encontro condensado entre passado, presente e futuro, em que um conjunto de gestos, danças e cantos ancestrais, evocam a presença de Corvan e propõem uma forma de ser dançado por outro.
Cat-Gut Jim foi um dos três trabalhos seleccionados para o “Apoio a Criação 2024”, uma parceria entre o Fórum Dança de Lisboa e a Casa da Dança de Almada.
Connor Scott trabalha entre, dentro e em torno da dança como performer, coreógrafo e pesquisador e colabora com artistas como Theo Clinkard (UK), Michael Keegan Dolan (IR), João Dos Santos Martins (PT), Sofia & Vitor (PT) e Marcelo Evelin (BR). Radicado em Lisboa desde 2020, Connor estudou ballet, dança moderna e contemporânea na escola Rambert (UK) antes de estudos coreográficos no PACAP 6 no Forum Dança em Lisboa, onde trabalhou com artistas como João Fiadeiro, Vera Mantero, Ligia Lewis e Simone Aughterlony. O seu trabalho de estreia em grupo POOF (2023) marcou o início da sua ambição de explorar materiais ancestrais de dança com pesquisa de arquivo.
Ficha artística:
Coreógrafo e intérprete: Connor Scott
Dramaturgia: Marcelo Evelin
Assistente musical: Mayah Kaddish
Cenógrafo: João Penalva
Figurinista: Lambdog
Designer de luz: Santiago Tricot