A hora vai mudar para o horário de Inverno

Na madrugada de Domingo 26 de Outubro

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Portugal vai atrasar os relógios uma hora na madrugada do próximo Domingo, 26 de Outubro, dando início ao horário de Inverno.

Às 2h em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios devem ser atrasados 60 minutos, passando a marcar 1h.

Na Região Autónoma dos Açores, a mudança será feita à 1h da madrugada de Domingo, passando a ser meia noite.

O actual regime de mudança da hora é regulado por uma lei comunitária de 2000, que prevê que todos os anos os relógios sejam adiantados e atrasados uma hora no último Domingo de Março e no último Domingo de Outubro, respectivamente. Na altura o objectivo era maximizar a poupança de energia.

Consenso no Parlamento Europeu sobre o fim do acerto horário

Na Quinta-Feira, 23 de Outubro, a Comissão e o Parlamento Europeu apelaram ao consenso entre os estados-membros para acabar com acerto horário sazonal, destacando que a práctica já não gera poupanças energéticas e tem impactos negativos na saúde, pois perturba os ritmos biológicos, sobretudo nas crianças e idosos.

A mudança da hora “já não serve qualquer propósito”, defendeu Apostolos Tzitzikostas, comissário dos Transportes Sustentáveis e Turismo, durante o debate no Parlamento Europeu.

Este debate não é novo. Em 2019, o Parlamento Europeu votou a favor do fim da mudança horária, que deveria ser implementada até 2021. Na altura, foi efectuada uma consulta pública pela Comissão Europeia, em que 84% dos 4,6 milhões de inquiridos manifestaram essa posição. No entanto, a medida nunca avançou por falta de consenso no Conselho da União Europeia, onde os ministros dos estados-membros não chegaram a acordo sobre uma posição comum que respondesse à proposta legislativa.

Este ano, todos os grupos políticos no Parlamento Europeu, manifestaram o apoio ao fim da mudança horária, um consenso que Apostolos Tzitzikostas considerou único.

“Ao avançar com este dossier, temos uma oportunidade clara para mostrar que a Europa ouve, sobretudo em aspectos que afectam o dia-a-dia dos europeus”, concluiu o comissário, que assumiu o compromisso, em nome da Comissão Europeia, de trabalhar para “encontrar um compromisso entre os estados-membros”.

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

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