Castelo de Almada de portas abertas
No dia 18 de Julho, pode visitar o trabalho que arqueólogos têm desenvolvido no projecto Almada Velha
O Castelo de Almada vai estar de portas abertas ao público na Quinta-Feira, 18 de Julho, das 10h às 12h, e entre as 14h e as 17h. A entrada é livre e não necessita de inscrição prévia.
A história do Castelo de Almada acompanha grande parte das transformações da cidade, e prova disso são as sucessivas reconstruções que teve ao longo dos séculos.
No âmbito do projecto Almada Velha, entre os dias 8 e 19 de Julho, a equipa de arqueólogos municipais, professores e alunos da FCSH Universidade NOVA de Lisboa, vai levar a cabo escavações arqueológicas no interior do Castelo, com vista à descoberta de novas pistas que afirmem e desvendem mais informações sobre a identidade de Almada.
Este é um destino almadense que esgota sempre que há visitas guiadas organizadas pelo município, pelo que é de aproveitar a sua abertura neste dia, com o bónus de poder acompanhar e conhecer de perto o trabalho desenvolvido nas escavações pelos arqueólogos. Aproveite e disfrute também da paisagem sobre o rio Tejo, normalmente vedada a visitantes.
A Câmara Municipal de Almada (CMA) informa que para efeitos de controlo, os visitantes são identificados à entrada do Castelo (nome e n.º do cartão do cidadão), e aconselha a deslocação a pé ou em transportes públicos, devido aos constragimentos de estacionamento na zona histórica de Almada.
Um pouco de História
Com origem árabe, o Castelo de Almada está referenciado no século XII como “Hosnel-Madan”, a fortaleza da mina, sendo que Almada era denominada Al-Madan, a mina de ouro ou local de abundância. A sua localização frente à cidade de Lisboa, fez dele um importante ponto estratégico durante o período da Reconquista.
Em 1191, uma invasão moura destruiu-o, e só quatro anos depois é retomado por D. Sancho I, que ordenou obras de reconstrução que se prolongaram pelos reinados de D. Dinis e de D. Fernando. Nos séculos XVI e XVII ainda sofreu transformações para ser adaptado às novas tecnologias militares, e após o terramoto de 1755 foi reconstruído.
Em 1825, depois das Guerras Napoleónicas foi desactivado, voltando a ser guarnecido em 1831, no contexto da Guerra Civil Portuguesa. Mais tarde, durante os anos de 1865 e 1866, foi objecto de reparos no âmbito do plano de defesa de Lisboa e do porto, do Marquês de Sá da Bandeira, na construção do Recinto de Segurança do Sul, onde o Forte de Almada passou a ter a função de praça de principal coordenação das várias batarias da linha de defesa na margem sul do Tejo.
Protegido pela falésia do lado do rio, apresenta muralhas, fossos e postos de tiro protegidos do lado da cidade de Almada.
Actualmente, o castelo de Almada encontra-se muito descaracterizado, estando ainda ocupado pela GNR, que tem uma unidade militar no seu interior. No espaço envolvente da fortificação existe um jardim público com miradouro, o “Jardim do Castelo”, de onde se tem uma bela vista sobre Lisboa e o estuário do Tejo.
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