CMetropolitana, a nova aplicação em tempo real
Carris Metropolitana lançou a nova app no dia 12 de Setembro
A Carris Metropolitana lançou na Quinta-Feira passada, dia 13 de Setembro, uma aplicação que irá dar informações aos passageiros em tempo real, sobre horários e lotação dos autocarros da empresa de transportes rodoviários
A apresentação da App CMetropolitana aos jornalistas decorreu a 10 Setembro, com os responsáveis pela aplicação e com os administradores da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), Faustino Gomes e Rui Lopo. A ferramenta promete facilitar o dia a dia dos passageiros da Área Metropolitana de Lisboa, em particular aos mais frequentes, fornecendo uma série de informações úteis e personalizáveis.
Entre elas destaca-se a localização precisa de cada autocarro, em tempo real, com as estimativas de passagem em todas as paragens da linha, avisos sobre eventuais atrasos ou perturbações, como obras ou eventos, e informações de transbordo. Em alguns casos, é mesmo possível saber se um determinado autocarro vem muito cheio ou não e, em breve, haverá a possibilidade de activar notificações inteligentes que avisam quando o autocarro estiver a uma determinada distância (500 metros, por exemplo) da paragem. Há também possibilidade de adicionar paragens e linhas a uma lista de favoritos, tornando a utilização da plataforma mais práctica para passageiros frequentes. Informações sobre os próprios veículos, referentes à acessibilidade, possibilidade de transportar bicicleta, podem também ser consultadas na aplicação.
A aplicação fornece ainda uma lista de notícias recentes, a ocupação em tempo real das lojas da Carris Metropolitana e informações sobre os diferentes tarifários, além do planeador de viagens navegante. Há também uma área de apoio ao cliente e outra para recrutamento de motoristas.
O presidente do conselho de administração da TML, Faustino Gomes, explicou nessa ocasião que a App “não é um planeador de viagens”, mas um sítio onde se fornecem informações aos passageiros. O grande objectivo do lançamento da aplicação é mostrar aos utilizadores que “a Carris Metropolitana é fiável”. “E, quando não é, nós conseguimos informar as pessoas” e permitir que tomem melhor as suas decisões e planeiem as suas viagens, afirma Faustino Gomes. “Queremos dar confiança às pessoas para utilizarem a Carris Metropolitana”, acrescentou o responsável. A ideia é transformar a forma como os passageiros se movem pela área metropolitana de Lisboa.
Rui Lopo, vogal da administração da TML, explicou que a App vai permitir que se veja, em tempo real, se um autocarro da Carris Metropolitana “está atrasado e qual a lotação”, colocando “mais pressão aos operadores para cumprir horários”. A aplicação vai ainda permitir uma pesquisa por paragem e pelo número de autocarro (linha), podendo ser criados alertas e avisos personalizados. Para já ainda não estará disponível a 100% para utilizadores invisuais, reconhecendo os responsáveis a necessidade de trabalhar nalguns pormenores.
“Isto é, de facto, algo que não existia na Área Metropolitana de Lisboa e, diria, no país. As pessoas passam a ter na mão a possibilidade de controlar se cada serviço é feito ou não, se cada autocarro está atrasado ou adiantado, em tempo real e baseado apenas e só nos nossos sistemas”, afirmou Rui Lopo. “”A Google utiliza um mecanismo de utilizar os horários que não nos satisfaz. Vamos ser mais exigentes do que a Google”, acrescentou, ao comparar a nova app com outras plataformas que acompanham a circulação de autocarros da Carris Metropolitana.
Faustino Gomes adiantou que o objectivo fururo é agregar todos os operadores de transportes na aplicação, o que poderá acontecer “dentro de dois, três anos”, tendo em conta que há um grupo de trabalho, e já houve uma candidatura conjunta a um projecto.
A aplicação de download gratuito pode encontrar-se na App Store e Google Play
Carris Metropolitana em números
Rui Lopo lembrou no dia 10, que a empresa opera em 15 dos 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, exceptuando Lisboa, Cascais e Barreiro, e que o serviço “já chega a Vendas Novas”. “Por dia circulam 1.700 autocarros, conduzidos por três mil motoristas e transportando 620 mil passageiros/dia normalmente, tendo chegado aos 650 mil em pico”, disse, referindo-se a passageiros com título válido, reconhecendo, que serão “muitos mais” a circular nas 730 linhas com 12.500 paragens.
O mesmo responsável adiantou que no final do ano prevê-se “mais 20% da procura do que existia em 2019”, avançando que, actualmente os números após o pico, desde a introdução do passe Navegante, fazem com que a operação “esteja acima” dos valores iniciais. “É expectável chegar aos 165 milhões de passageiros transportados até Dezembro deste ano”, disse Rui Lopo, lembrando que em 2023 foram transportados 141 milhões de passageiros e que, entre Janeiro e Julho, houve concelhos que observaram um crescimento “acima dos 30%”. A confirmar-se esta estimativa poderá haver um aumento de 25 milhões de passageiros em comparação com o ano passado.
Questionado sobre os problemas vividos no arranque da Carris Metropolitana, a 1 de Junho de 2022, na área 4, que compreende os municípios de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, nomeadamente a falta de motoristas e viaturas, Rui Lopo admitiu não estar completamente resolvido.”Não podemos dizer que os problemas estão completamente resolvidos. A falta de mão-de-obra em transportes rodoviários existe por toda a Europa e Estados Unidos, não é só nosso. Mas lembro que a TML não contrata motoristas, são os operadores. No entanto, ao dia de hoje não temos problemas de mão-de-obra e viaturas”, disse. Em termos de crescimento, a área 4 foi a que assistiu a um maior crescimento de procura, já que, de acordo com Rui Lopo “tinha muito pouca oferta”.
A Carris Metropolitana é uma marca criada pela TML, sob a qual operam os transportes públicos rodoviários municipais e intermunicipais da Área Metropolitana de Lisboa (AML).
Em termos de circulação de transportes, a AML ficou dividida por quatro áreas, sendo que a área 1 engloba as carreiras dos municípios da Amadora, Oeiras e Sintra, e intermunicipais de ligação a Lisboa e Cascais. A área 2 corresponde aos municípios de Mafra, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira e intermunicipais de ligação a Lisboa. A área 3 corresponde a Almada, Seixal e Sesimbra, e a área 4 a Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal.
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