Costa da Caparica | Prosseguem as buscas por jovem desaparecido no mar
Dois dos três jovens que "entraram em dificuldades na água" foram resgatados. O terceiro continua desaparecido.
As buscas pelo jovem de 16 anos, que se encontra desaparecido no mar desde a tarde de ontem, 8 de Abril, após, alegadamente, ter entrado em dificuldades na água, na praia do Dragão Vermelho, na Costa da Caparica, foram retomadas às 8h desta Quarta-Feira, disse à Lusa fonte da Autoridade Marítima Nacional (AMN).
O comandante da Capitania do Porto de Lisboa, Paulo Vicente, admitiu que é “extremamente difícil” saber onde o jovem se poderá encontrar “porque o movimento de qualquer corpo a meia água é imprevisível”.
“Numa primeira linha vamos ter meios da Estação Salva-vidas da Capitania de Lisboa e Cascais, que se vão revezar ao longo do dia. Aproveitámos a oportunidade de ter um navio da Marinha que está a colaborar connosco numa segunda linha. Vamos ter o LH101 que a meio da manhã, que vai tentar encontrar este jovem desaparecido e também um drone da Polícia Marítima de Lisboa, no sentido de partirmos da linha da areia para fora e depois para Norte e Sul, para cobrirmos a maior zona possível”, detalhou, em declarações aos jornalistas, Paulo Vicente.
As buscas vão começar pela zona da praia do Dragão Vermelho, mas depois vão expandir-se.
“O meio aéreo é excelente para se visualizar uma área maior. O facto de termos um drone também, dá-nos maior autonomia. O perímetro é grande. A experiência diz-nos que pode acontecer ser encontrado nas primeiras horas ou dias depois”, acrescentou o comandante.
Nas operações de busca, coordenadas pelo Capitão do Porto e Comandante Local da Polícia Marítima de Lisboa, estão empenhados, por mar, tripulantes da Estação Salva-vidas da Capitania do Porto de Lisboa e da Estação Salva-vidas de Cascais, elementos dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas (BV Cacilhas) e o navio NRP Tejo da Marinha Portuguesa. Por terra, estão empenhados elementos do Comando Local da Polícia Marítima de Lisboa, apoiados por um drone, e os meios do programa “Praia Protegida” do Município de Almada. Foi também empenhada durante a manhã uma aeronave da Força Aérea Portuguesa (FAP).
No terreno de operações estão 13 operacionais apoiados por quatro meios terrestres e um aéreo.
O Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima foi ativado e encontra-se a prestar apoio aos familiares da vítima.
A AMN registou ontem 45 ocorrências no mar, que envolveram 50 pessoas, em todo o país.
Numa nota ao final da tarde, a AMN alertou que, apesar das férias escolares e as temperaturas amenas previstas para os próximos dias, “o mar, nesta época do ano, é um mar de Inverno e apresenta um risco elevado devido aos efeitos da agitação marítima, apresentando também a sua morfologia alterada pelo efeito da ondulação forte que se verifica normalmente neste período do ano, criando nas praias zonas de fundões, declives acentuados, remoinhos e agueiros que não se encontram sinalizados nesta altura do ano”.
Aquela autoridade sublinha que a maioria das praias portuguesas não se encontram vigiadas nesta altura do ano, e não tem o dispositivo de segurança balnear e, como tal, “a resposta a uma situação de socorro poderá ser demorada, pelo que a população deverá ter um comportamento adequado e responsável, não se colocando em situações de risco”.
A Autoridade Marítima Nacional aconselha que sejam evitados comportamentos de risco, não se aproximando da água ou caminhar na areia molhada, que as crianças sejam vigiadas permanentemente, mantendo-as sempre próximas de um adulto, que as pessoas não virem as costas ao mar e mantenham sempre uma distância de segurança em relação à linha de água, evitando ser surpreendido por uma onda.
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