Feijó | 87º aniversário da revolta dos marinheiros de 1936

Dia 8 de Setembro, no Dia Nacional da Praça, assinalou-se a efeméride junto ao Monumento ao Marinheiro Insubmisso

Ontem, dia 8 de Setembro, foram assinalados no Feijó, junto ao Monumento ao Marinheiro Insubmisso, no Dia Nacional da Praça das Forças Armadas, o 87.º Aniversário da Revolta dos Marinheiros de 8 de Setembro de 1936 ou Motim dos Barcos do Tejo e, o 14.º Aniversário da Inauguração deste monumento.

A 8 de Setembro de 1936, um grupo de marinheiros dos navios Bartolomeu Dias, Dão e Afonso de Albuquerque decidiu enfrentar o regime dictatorial estabelecido, convicto da vitória. No entanto, o golpe foi controlado pelo governo, que ordenou o bombardeamento dos navios sublevados, resultando na morte, prisão e condenação de centenas de marinheiros.

O levantamento foi organizado pela Organização Revolucionária da Armada, uma estrutura ligada ao Partido Comunista Português, com o objectivo de desviar os navios para Espanha e colocá-los à disposição do Governo republicano Espanhol. A rebelião foi esmagada, resultando na morte de 12 marinheiros e na deportação de outros 34 para o Campo de Concentração do Tarrafal. Foram demitidos diversos oficiais e sargentos. Estes marinheiros foram os primeiros presos do Tarrafal.

O presidente da Junta de Freguesia do Laranjeiro e Feijó (UFLF), Professor Luís Filipe Almeida Palma, foi o convidado de honra da cerimónia, que contou com a intervenção do presidente do Clube de Praças da Armada e do presidente da Associação de Praças.

Após as intervenções, teve lugar a deposição de flores junto do Monumento ao Marinheiro Insubmisso. A cerimónia foi ainda marcada pela entrega de medalhas comemorativas de 15 anos aos sócios da Associação de Praças.

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Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online