Fertagus realiza apenas 25% da sua oferta
A 28 de Fevereiro e 2 de Março, greve nas Infraestruturas de Portugal (IP) afecta os comboios da Fertagus. Depois de decretados serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral, a empresa efectua apenas 25% da sua oferta habiitual
A Fertagus anuncia em comunicado no seu site que “face à greve anunciada por várias organizações sindicais, representativas dos trabalhadores da IP – Infraestruturas de Portugal, entre às 00:00 e as 24:00 dos dias 28 de Fevereiro e 2 de Março de 2023, poderão ocorrer perturbações na circulação dos comboios da Fertagus.”
O Tribunal Arbitral do CES (Conselho Económico e Social), decretou no dia 24 de Fevereiro, que se devem assegurar os serviços mínimos durante esta greve. Assim, a Fertagus declara que “tendo sido acordados serviços mínimos na ordem dos 25%, a Fertagus tem previsto apenas realizar 25% da sua oferta habitual”.
Poderá consultar os horários dos comboios “da ponte” previstos para os dois dias de greve aqui.
Relembramos que esta não é a primeira vez que o serviço da Fertagus será afectado por greves na IP, devido à taxa de utilização que a Fertagus à IP facto de que para atravessar a Ponte 25 de Abril.
A Fertagus, que explora a linha ferroviária que atravessa a Ponte 25 de Abril, serve actualmente 14 estações, numa extensão de cerca de 54 quilómetros, e o seu serviço é responsável por cerca de 85 mil deslocações diárias.
Além da Fertagus, também o serviço da Comboios de Portugal (CP) será afectado pela greve dos trabalhadores da CP.
Motivos da greve
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) e o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (Sinafe) anunciaram a 14 de Fevereiro uma greve na IP para 28 de Fevereiro e 2 de Março. Em causa, segundo os sindicatos, está o “impasse” nas negociações salariais entre os trabalhadores e a administração da IP.
Segundo as estruturas sindicais, a posição da administração da IP “não evoluiu nem se aproximou” das “reivindicações do Sintap e do Sinafe”. Os sindicatos afirmam que as propostas que apresentaram não foram consideradas pela comissão negociadora patronal e que, face ao impasse, “a administração decidiu travar a fundo as negociações impondo aumentos salariais por acto de gestão”.
Os trabalhadores vão fazer greve “à prestação de todo e qualquer trabalho” dia 28 de Fevereiro e, na Quinta-Feira 2 de Março, assumem as estruturas sindicais. A greve convocada luta pelo aumento dos valores salariais e do poder de compra, pela retoma da negociação colectiva e pela “não discriminação de trabalhadores” e contratação de pessoal.
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