Almada | Três novas exposições na Casa da Cerca
"Sete cartas a Cisela" são sentimentos em objectos artísticos, "Chama-lhe apenas Horizonte" o quebrar de limitações pelo desenho e, "A Membrana da Sedimentação" imagens em tapeçarias
Dia 30 de Setembro, às 15h, inauguram duas novas exposições temporárias na Casa da Cerca. “Sete cartas a Cisela”, de Cisela Björk e Rogério Ribeiro na Sala de Leitura, “Chama-lhe apenas horizonte” na Galeria Principal e, “A Menbrana de Sedimentação” na Cisterna. Todas as exposições estarão patentes até dia 25 de Fevereiro de 2024.
Em “Sete cartas a Cisela”, Rogério Ribeiro fez para Cisela Björk um objecto artístico proveniente do lugar onde morava o seu sentir. Chamou-lhe Sete cartas a Cisela. Cisela fez, para Rogério, obras que vieram desse mesmo lugar. Cisela Björk e Rogério Ribeiro relacionam-se intrinsecamente com o nascer do projecto Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea. Lançaram as sementes de um pensamento intemporal, que nos precede e nos ultrapassará, iluminando caminhos possíveis. Relacionaram-se como artistas, nos lugares presentes na viagem que é esta exposição. Relacionaram-se da forma mais íntima, assumindo a partilha da vida como o seu desígnio. Nesta exposição os autores questionam-se até onde conseguem expor, traduzir e interpretar os sentimentos que residem nos objectos artísticos e, que foram motores da sua criação.
Já com “Chama-lhe apenas horizonte”, uma colectiva de desenho, celebra-se os 30 anos da Casa da Cerca. Esta exposição quer avançar para 2053 e pensar quem está a desenhar o futuro, como será ele, quais serão as preocupações? Reunindo o trabalho de vários artistas de diferentes nacionalidades que se dedicam criticamente ao desenho nas suas diversas e múltiplas sobreposições e intersecções com a escultura, os têxteis, a cerâmica, o vídeo, a tecnologia. A exposição é construída com base na ideia do futuro do desenho como um “campo expandido” que, ao quebrar limitações estéticas, de formato ou espaciais, assume um carácter mais investigativo e exploratório. O desenho não tem limites e, por necessidade, ocupará sempre uma posição de ambiguidade. Ao explorar essa ambiguidade, a exposição reunirá artistas que trabalham no cruzamento do pós-colonialismo e da diáspora humana, dos trânsitos e fronteiras contemporâneos, das cosmologias espirituais e tradições ancestrais, da tecnologia, da sustentabilidade e do pensamento ecológico. Os artistas desta colectiva são: Cian Dayrit, Corpo Atelier, David Gonçalves, Dineo Seshee Bopape, Diogo Evangelista, Eva Fàbregas, Fazal Rizvi, Gonçalo Sena + Francisco Petrucci, Jacira da Conceição, Jiôn Kiim, Josèfa Ntjam, Jota Mombaça, Madalena Fezas Vital, Maja Escher, Maria Laet, Rodrigo Hernández, Sarah Tritz, Thierry Oussou e, Vanessa da Silva.
“A Membrana de Sedimentação é uma exposição de imagens em tapeçarias da autoria de de Maria Appletont. Utilizando uma técnica antiga, Appleton recria a ideia da tapeçaria transformando cada peça num ecrã de memórias, de pequenas histórias e de imagens, mais ou menos abstractas. Estas obras podem ser também olhadas na óptica do desenho – um desenho feito por linhas que, juntas, sobrepostas e entrelaçadas, criam uma imagem.
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