Arranca a 27ª Mostra de Teatro de Almada

De 3 a 30 de Novembro, em várias salas de espectáculo do concelho. Em Novembro a palavra é: Teatro

A Mostra de Teatro de Almada (MTA) está de regresso para a sua 27.ª edição entre 3 e 30 de Novembro, trazendo aos palcos do concelho uma programação que conta com 19 criações, 12 estreias, em 26 sessões apresentadas por 17 grupos de teatro, amadores e profissionais. As peças poderão ser vistas em 7 salas de espectáculo de Almada, Costa da Caparica, Sobreda, Cacilhas e Trafaria.

A diversidade da MTA reflecte-se nos vários géneros teatrais que constam do seu programa, que vão desde o teatro de revista, teatro infantil, teatro de marionetas e, variedade de autores como Eugene Ionesco, Karl Valentim, Sam Sheppard, Bess Wohl, Paul Maar, Alberto Luengo ou Roald Dahl.

Workshops de clown e de voz para actores, debates e exposições constam também da programação, criando momentos de encontro, discussão de ideias e troca de experiências.

A MTA arranca amanhã, 3 de Novembro, com “100 anos de Parque Mayer” pela Plateias d’Arte – Associação Cultural, no auditório Fernando Lopes-Graça, em Almada. Esta é uma encenação de Diogo Novo, com interpretações de António Calvário e Rita Ribeiro, dois nomes que também foram cabeças-de-cartaz dos palcos do teatro de revista.

A proposta documental “A/Mada – Gente do mar”, baseada em testemunhos das comunidades piscatórias da Costa de Caparica, Fonte da Telha e Barreiro, é outro destaque desta edição da MTA, sendo a primeira das 12 estreias do programa. A peça estará em cena nos dias 4 e 5 de Novembro, no Auditório Costa da Caparica, tendo a direcção artística de Laurinda Chiungue, co-criação e interpretação de Martha García e Susana Quaresma, da Companhia Teatro ABC.

O verdadeiro Oeste”, de Sam Shepard, será levada a cena no Casino da Trafaria, pelo Grupo de Teatro Amador e Independente – G.I.I.T , com encenação e cenografia de Vítor Mio, a 4 e 5 de Novembro.

3 Nomes próprios”, a partir de “Ricardo III”, de Shakespeare, com dramaturgia de Sandra Hung e Rogério de Carvalho, será estreada pela Artes e Engenhos, no dia 05, no Teatro-Estúdio António Assunção, em Almada.

Em estreia estará também “Aquacultura de sereias”, de Patrícia de Brito, que a cooperativa de artistas Kilig apresenta nos dias 8 e 9 de Novembro, no auditório Fernando Lopes-Graça.

No dia 11, no Solar dos Zagallos, será a vez da peça “Murta, a guardiã da floresta”, de Ângela Ribeiro, pela companhia EmbalArte.

O Alpha Teatro estreia, no dia 11 de Novembro, no auditório Fernando Lopes-Graça, a peça “Fome”, uma criação colectiva com espaço cénico e interpretação de João Lisboa, Luís Menezes e Sofia Raposo, de novo em cena no dia 12.

A partir de Aristófanes e de “Lisístrata”, o Novo Núcleo estreia “Chamusca – Abertura do processo”, com conceito e encenação de Sandra Hung, que também aborda o universo do dramaturgo romeno Matei Visniec e referências como Pina Bausch, dança Butoh, Guy Debord, Jorge Luis Borges e Maria Gabriela Lllansol. A peça será levada a cena do auditório Fernando Lopes-Graça, a 12 de Novembro.

O Teatro de Areia, por seu lado, estreia a criação colectiva “Também tinha coisas para fazer mas alguém tem de manter isto aberto”, no dia 17, no mesmo local.

No mesmo dia, mas no auditório da Costa de Caparica, será a vez de “Vultos”, a partir de “As vedetas”, de Lucien Lambert, pela Et-Al Companhia de Teatro.

O mundo de Karl Valentim é abordado pela encenação de Luzia Paramés para a Universidade Sénior D. Sancho I de Almada, com “O teatro obrigatório”, pela KTMpartir de textos como “A carta”, “A encadernadora”, “A ida ao Teatro”, “A loja de chapéus” e “Porque os teatros estão sempre vazios?”. O espectáculo é estreado no dia 19, na Sociedade Filarmónica Incrível Almadense.

O colectivo Teatro & Teatro estreia a sua abordagem de “A cantora careca”, de Eugene Ionesco, ao auditório Fernando Lopes-Graça, também a 19 de Novembro.

No mesmo dia, a peça “Pequenos sons da boca”, de Bess Wohl, com adaptação e dramaturgia de Rui Silvares e Ana Nave, será levada a cena pelo Arte 33- Núcleo Cultural, no Casino da Trafaria.

No dia 25, destacam-se três produções em estreia: “InSólido”, a partir de Nietzsche, pelo Teatro Filosófico, na Casa Municipal da Juventude – Ponto de Encontro; “Matilda Jr”, de Roald Dahl, pelo grupo Plateias d’Arte, no auditório Fernando Lopes-Graça; e “Kokorokokaixa”, de Paul Maar, pelo Teatro Extremo, no Teatro Estúdio António Assunção.

O Grupo Cénico da Incrível Almadense ‘joga em casa’, no seu Salão de Festas, com duas peças: “Beltrana, muito prazer”, de Paulo Sacaldassy, também no dia 25, e a criação colectiva “Central natura – Alerta vermelho”, que estreia no dia seguinte.

A mostra encerra com “A noite dos naufragos”, de Alberto Luengo, pela estrutura Ninho de Víboras, no auditório Fernando Lopes-Graça, nos dias 29 e 30 de Novembro.

O bilhete normal tem o custo de 6€, os ovens com idade inferior a 30 anos pagam 5€, os seniores com idade superior a 65 anos 5€ e, os grupos a partir de 6 pessoas 4€. A bilheteira abre uma hora antes de cada sessão e o levantamento de reservas deve ser feito até 30 minutos antes do início de cada sessão.

A organização da MTA está ao encargo da Câmara Municipal de Almada (CMA), desde 1996, em parceria com os grupos de teatro do concelho e, tem como objectivo principal a promoção e divulgação da produção teatral, consolidando Almada como um lugar especial de arte e cultura, onde o Teatro tem particular destaque.

Programação da 27ª Mostra de Teatro de Almada
Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

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Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online