Costa da Caparica | “A Selva”, retrata a vida dos seringueiros da Amazónia
O Cineclube Impala, organizado pela Associação Gandaia, leva ao ecrã do Auditório Costa da Caparica, o filme “A Selva”, de Leonel Vieira, no dia 14 de Dezembro pelas 21h.
Passado no início do século XX, A Selva narra a história de Alberto (Diogo Morgado), um jovem monárquico português exilado no Belém do Pará, no Brasil. Velasco (Karra Elejalde), um capataz espanhol, contrata-o para trabalhar no seringal de Juca Tristão (Cláudio Marzo), em pleno coração da Amazónia. Decorre o ano de 1912 e, após uma longa viagem pelo rio Madeira, no Amazonas, em condições sub-humanas, Alberto chega finalmente, ao seringal Paraíso, onde é colocado no meio da selva a trabalhar na extracção da borracha, o ouro negro da selva, sob protecção do cearense Firmino (Chico Diaz). O jovem português descobre um mundo estranho e selvagem, em que os índios, a febre e a loucura dos homens são perigos diários. Contudo descobre também a amizade, a lealdade e a solidariedade dos seringueiros, face ao poder despótico dos exploradores. Alberto vai moldando o seu carácter, no seringal Paraíso.
Após um difícil período no coração da selva, Alberto é levado para trabalhar no armazém do seringal. Integra-se rapidamente naquela comunidade onde pontificam Juca Tristão, o patrão; Velasco e Caetano (Roberto Bonfim), os seus capatazes; Guerreiro (Gracindo Júnior), o gerente e, a sua belíssima mulher, Dona Yá Yá (Maitê Proença); Alexandrino (Luís Vitalli) e o Argentino (Sergio Villanueva), homens de mão e; até um velho e misterioso negro, um antigo escravo chamado Tiago (João Alcaiabe). No entanto, Alberto já não é o mesmo rapaz inexperiente e idealista que a selva tinha engolido alguns meses atrás. Quando chegou ao Seringal Paraíso, havia trocado olhares om Dona Yá Yá, por quem se apaixona ao fim de pouco tempo. Envolve-se com ela num romance proibido e inesperado, despertando o ódio do espanhol Velasco. Mas, a sua grande prova surge quando Firmino lhe vem pedir ajuda para fugir do seringal. Alberto aceita, sem pensar na sua própria segurança.
Uma epopeia sobre a qual quem conduz, veloz e comodamente, um automóvel com pneus de borracha raramente pensa: a da extracção da borracha feita por homens heróicos. Nela Leonel Vieira procura de novas culturas e, decide explorar a relação de Portugal com o Brasil, tendo o filme algum peso histórico.
Esta é uma adaptação cinematográfica de Leonel Vieira a uma das maiores obras da literatura portuguesa, “A Selva” do escritor Ferreira de Castro. Na altura do seu lançamento, foi uma das mais caras produções cinematográficas portuguesas realizadas até esse então.

Ficha Técnica:
Título original: A Selva
Realização: Leonel Vieira
Argumento: Izaías Almada e João Nunes, adaptado do romance “A Selva” de Ferreira de Castro
Produção: Luis Méndez, Paulo Trancoso
Elenco: Diogo Morgado, Tó Melo, António Melo, Ruy de Carvalho, Maitê Proença, Cláudio Marzo, Gracindo Júnior, Chico Diaz, Carlos Santos, Sérgio Vilanueva, Karra Elejalde, Roberto Bonfim, João Alcaiabe, Luís Vitalli,
Fotografia: José António Loureiro
Música: Javier Martin Camara
Edição: Carmen Frias Arroyo
Género: Romance / Aventura
Origem: Portugal, Espanha, Brasil
Ano: 2002
Duração: 105 min.
Classificação: M/16
1€ sócios | 2€ geral
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