Cova da Piedade | PCP encerra acção nacional na SFUAP
"Mais força aos trabalhadores", acção nacional desenvolvida pelo partido em vários pontos do país, foi encerrada dia 27 de Maio no Complexo Desportivo da SFUAP, com discurso de Paulo Raimundo
O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) Paulo Raimundo, discursou ontem dia 27 de Maio,no Complexo Desportivo da Sociedade Filarmónica União Artística Piedense (SFUAP), no encerramentos da acção nacional “Mais força aos trabalhadores”, que o partido desenvolveu desde Fevereiro em vários pontos do país.
O secretário-geral do PCP defendeu ontem que “quanto mais os trabalhadores assumirem a sua força e maior for a sua luta, melhores condições haverá para aumentar salários, garantir contratação colectiva, defender direitos e valorizar os serviços públicos”.
Segundo o dirigente comunista, esta acção reforçou a presença do PCP junto de empresas e locais de trabalho, levando ao contacto com milhares de trabalhadores.
“É este o nosso rumo, não porque fica bem, não para cumprir calendário, não para dar nas vistas, mas porque é a força dos trabalhadores e a sua luta que constituem o elemento decisivo para o curso da vida dos próprios trabalhadores e da vida do país”, disse o secretário-geral do PCP.
Paulo Raimundo defendeu ainda que, quanto mais consciência os trabalhadores tiverem da sua força, menos impacto terá “a ofensiva ideológica que pretende convencer que não há alternativa ao actual rumo de injustiça e desigualdade” para o qual considera haver sempre justificações quer seja a crise, a epidemia ou a guerra.
“Ao contrário do que os defensores e dependentes do capitalismo tentam fazer crer, a História não acabou. A realidade transforma-se e o motor da História continua a ser a luta de classes”, disse, argumentando que a luta obrigou o Governo a “morder a língua”, a aumentar as pensões e a aumentar em 1% os salários da Administração Pública.
Na sua intervenção, o secretário-geral do PCP acusou ainda o Governo de estar sempre na primeira linha em defesa dos interesses dos grupos económicos juntamente com PSD, CDS, Chega e IL.
“Sempre que há que optar entre os interesses dos trabalhadores e do povo e os interesses dos grupos económicos, lá estão PS, PSD, IL, Chega e CDS a levantar a bandeira do capital”, disse.
Perante um pavilhão cheio, Paulo Raimundo defendeu ainda que a grande questão que se coloca é o aumento dos salários, classificando-a como uma emergência nacional, e apelou à continuidade na luta pelos direitos dos trabalhadores em cada empresa e local de trabalho.
“A luta obrigará a pôr fim aos escandalosos lucros e dividendos dos accionistas, onde os administradores executivos das grandes empresas ganham 36 vezes mais do que os trabalhadores das empresas que administram”, disse, considerando que é também através da luta que é possível um controlo efectivo dos preços dos bens essenciais.
A acção “Mais força aos trabalhadores”, adiantou Paulo Raimundo, “não se esgota mantendo-se o compromisso de prosseguir.”
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