Laranjeiro | Líder do PCP visita estaleiros do Alfeite

Paulo Raimundo, líder do PCP, visitou as Oficinas do Arsenal do Alfeite na Sext-Feira, dia 27 de Janeiro.

“É preciso investimento para nova maquinaria e condições de trabalho para os trabalhadores porque senão não há atractividade possível neste sector e nós bem precisamos dele”, disse Paulo Raimundo em declarações à agência Lusa, após uma visita às Oficinas do Arsenal do Alfeite situados no Laranjeiro.

O secretário-geral do PCP salientou durante a visita realizada que o encontro com os trabalhadores das oficinas permitiu perceber que há imensas possibilidades de aumentar o trabalho, dando um contributo decisivo ao país, mas que para isso é preciso investimento. 

“Há projectos, há ideias, há condições, há trabalhadores altamente qualificados o que é que falta? Falta investimento e falta investimento em mão de obra”, disse. 

Actualmente, adiantou, “algumas secções já só têm uma pessoa para trabalhar, altamente especializada, mas sem ninguém para a substituir”, apontando a necessidade do sector ter salários atractivos para fixar os trabalhadores.

“Estamos a falar de operários altamente qualificados e perante ordenados que oferecem lá fora vão embora. Não estamos em condições de prescindir desta qualidade técnica e altamente especializada e que faz muito falta aqui”, frisou. 

A iniciativa integra-se num conjunto de visitas que o secretário-geral do PCP está a realizar a vários sectores de produção nacional, tendo dedicado Sexta-feira dia 27 e de Quinta-Feira dia 26 de Abril à produção naval com visitas aos estaleiros das Lisnave, em Setúbal, e às oficinas do Arsenal do Alfeite, na Base Naval de Lisboa, no Laranjeiro.

No final da visita à Lisnave, na Quinta-Feira, Paulo Raimundo disse esta é também uma empresa com “capacidade instalada para aumentar a produção e com trabalhadores altamente especializados”, um facto que afirma ter sido reconhecido pela administração da empresa embora entenda que o “discurso da empresa não corresponde à práctica”. 

“Face aos números , mais de 90% dos trabalhadores que aqui trabalham são de empresas contratadas e subcontratadas, podemos dizer que essa preocupação não acompanha a realidade da práctica”, concluiu o líder comunista.

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

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