Sobreda | Solar dos Zagallos acolhe festival “É Proibido Proibir”
A 24 e 25 de Outubro, António Zambujo, João Monge, Zita Martins, Rodrigo Francisco e outras personalidades reflectem sobre o slogan de 68
A Câmara Municipal de Almada (CMA) convida personalidades para debaterem a actualidade e necessidade da frase “É Proibido Proibir” nas suas áreas de actuação (ciência, história, cultura, humor, política) , durante os dias 24 e 25 de Outubro, no Solar dos Zagallos, na Sobreda
A expressão, um slogan de protesto popularizado nos eventos de Maio de 68 em França, foi imortalizada numa canção homónima da autoria de Caetano Veloso e os Mutantes, no mesmo ano. Hoje, com mais de 60 anos, existe a necessidade de a trazer para mesas de conversa, onde poderá ouvir as ideias dos convidados.
A 24 de Outubro às 21h30, António Zambujo e João Monge reflectem se “A cantiga ainda é uma arma?”. Será que ainda faz sentido empunhar as cantigas como forma de mudar o mundo?. As letras, a forma como são cantadas e em que contexto, será o mote desta primeira conversa.
No dia seguinte, às 17h Zita Martins e António Araújo debatem se se está a “Proibir o futuro a olhar para o passado?”. A astrónoma e o historiador, pensam sobre as proibições que o passado impôs e se faz sentido proibir no futuro, essa época onde se diz que a inteligência será artificial.
No mesmo dia mas pela 19h, David Marçal e Rodrigo Francisco falam sobre “Ciências exactas, artes humanas”. O cientista céptico e o programador cultural explicam como, em cada uma das suas áreas, é necessário e possível, ou desnecessário e impossível, proibir.
Para finalizar o festival, e ainda a 25 de Outubro pelas 21h30, Nuno Artur Silva e um representante da CMA (ainda a designar) discorrem sobre “Humor e sátira – pode-se?”. Em tempos em que a linguagem é policiada, os talk shows cancelados e os humoristas são processados, será que ainda se pode satirizar políticos? Brincar com músicas? Rir de tudo?
Estes são os pequenos desafios, que tencionam gerar conversas e partilhas de visões do mundo, em torno da Liberdade. Uma sugestão para dias que se despedem do Sol e convidam a ficar no interior.
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