Almada | As Quatro Estações de Glass
A 18 de Junho às 18h, no Teatro Joaquim Benite, estreia em Portugal "As Quatro Estações" de Philip Glass, pela Orquestra de Câmara Franz Liszt
O Concerto de Encerramento do Festival de Música dos Capuchos 2023 é a aguardada estreia em Portugal d’As estações de Glass, a cargo da Orquestra de Câmara de Budapeste ‘Franz Liszt’, e do britânico Jack Liebeck, considerado um dos grandes violinistas da actualidade. O concerto acontece no Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB) pelas 18h e, encontra-se esgotado há semanas.
Irão ser executadas duas obras do compositor estoniano Arvo Pärt: Oriente & Ocidente e, Summa. Oriente & Ocidente tem como pano de fundo estrutural um texto de natureza litúrgica, o Credo. Por outro lado, Summa, de 1978, tem também como génese o Credo e, é dos primeiros exemplos de tintinnabuli e da espiritualidade da música de Pärt.
Entre as obras contemporâneas de Arvo Pärt e de Philip Glass emerge a música intemporal de Johann Sebastian Bach, com a interpretação do Concerto BWV 1056 pelo pianista Filipe Pinto-Ribeiro.
Fundada em 1963, a Orquestra de Câmara “Franz Liszt” de Budapeste mantém-se há várias décadas na elite musical, sendo reconhecida como um agrupamento de referência do panorama internacional. Liderada desde 2016 pelo concertino Péter Tfirst e com actual direcção artística do mundialmente famoso violoncelista István Várdai, a orquestra terá em 2023 um ano muito especial de aniversário, que a levará a grandes palcos e festivais internacionais, nos quais se inclui o Festival de Música dos Capuchos 2023. Durante os seus 60 anos de existência – sob a liderança primeiro de Frigyes Sándor e, posteriormente, de János Rolla – a Orquestra de Câmara “Franz Liszt” apresentou-se em mais de cinquenta países, em salas como o Carnegie Hall em Nova Iorque, o Suntory Hall em Tóquio, a Sydney Opera House, o Teatro Colón em Buenos Aires e o Théâtre de la Ville de Paris. Ao longo da sua história, a Orquestra de Câmara “Franz Liszt” colaborou com alguns dos mais notáveis solistas. O seu repertório abrange quase toda a história da música, de Monteverdi aos compositores do século XX. A orquestra já gravou mais de 200 álbuns para diversas editoras de renome internacional. A Orquestra de Câmara “Franz Liszt” orgulha-se de ser a orquestra nacional da Hungria e de representar e promover a cultura húngara pelo mundo.
Sendo um dos mais requisitados violinistas da actualidade, Jack Liebeck apresentou-se como solista com todas as grandes orquestras britânicas e maestros. Lançou o seu álbum de estreia em 2002, com Katya Apekisheva, para a editora Quartz, nomeado para o Classical Brit Award. Com Dvořák, Jack ganhou o 2010 Classical Brit Award – Young Artist of the Year; as suas sonatas para violino e piano de Brahms, receberam igualmente os maiores elogios da crítica especializada. O fascínio de Jack pela ciência levou-o à estreia mundial do Concerto para violino e orquestra Voyager de Dario Marianelli e a várias colaborações com o Professor Brian Cox. Liebeck programa o seu próprio festival anual Oxford May Music em torno dos temas da música, da ciência e das artes, e é, desde 2022, director artístico do Australian Festival of Chamber Music .
Philip Glass nasceu em 1937 e é considerado um dos mais influentes compositores do final do século XX e do início do século XXI. As quatro estações americanas consistem no seu 2.º Concerto para violino e orquestra, e foram escritas em 2009, com o intuito de dialogar com As quatro estações que Antonio Vivaldi compôs 300 anos antes.
Arvo Pärt nasceu em 1935 e o seu legado criativo tem produzido um enorme impacto na música contemporânea. Em 1976, criou a sua linguagem musical única, chamada tintinnabuli, e inspirada pelo canto medieval e pela polifonia renascentista.
Ficha artística:
Orquestra de Câmara de Budapeste “Franz Liszt”
Solistas: Filipe Pinto-Ribeiro (piano), Jack Liebeck (violino)
Programa:
Arvo Pärt – Oriente & Ocidente . Summa
Johann Sebastian – Bach Concerto BWV 1056
Philip Glass – As quatro estações americanas
Duração: 80min.
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