Comissão liquidatária da Silopor rejeita proposta dos trabalhadores
A contraproposta é “muito abaixo” das reivindicações
A comissão liquidatária da Silopor rejeitou esta Segunda-Feira, 24 de Fevereiro, a nova proposta de acordo de empresa, entregue pelos representantes dos trabalhadores, e apresentou uma reformulação “muito abaixo” das reivindicações, adiantou oSindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) à Lusa.
“A comissão liquidatária não aceitou [a nova proposta de acordo de empresa] e apresentou uma reformulação. Vamos fazer chegar essa informação aos trabalhadores. A proposta está muito abaixo. Os trabalhadores dirão o que fazer”, afirmou a dirigente do CESP Célia Lopes.
Esta contraproposta da comissão liquidatária prevê um aumento de cinco euros face ao valor que já tinha sido apontado pelo Governo, fixando a actualização salarial em cerca de 61 euros, o que o sindicato defendeu ser “manifestamente insuficiente”. A sindicalista lamentou o que disse ser “um acto de gestão” e lembrou que os trabalhadores não tiveram resposta a questões como a valorização das carreiras.
Os delegados do CESP que estiveram presentes na reunião vão agora informar os trabalhadores e, posteriormente, vão decidir os próximos passos, como a convocação de plenários. A próxima reunião com a comissão liquidatária deverá ocorrer para a semana, mas ainda não foi fixada uma data, uma vez que o presidente desta renunciou ao seu mandato, uma decisão que terá efeito a partir da próxima Sexta-Feira.
“Estamos a entrar em Março e não temos condições para que este assunto se arraste”, assinalou Célia Lopes. A greve ao trabalho suplementar na Silopor acabou por ser desconvocada com a marcação da reunião.
A Silopor, principal empresa portuária de armazenamento de granéis sólidos alimentares, que faz a gestão dos silos da Trafaria, em Almada, e do Beato, em Lisboa, tem uma capacidade global de 340 mil toneladas, o que permite o armazenamento, em média, de um total de 3,4 milhões de toneladas de cereais e farinhas durante um ano.
A empresa responsável pelo descarregamento e armazenamento de mais de metade dos cereais importados por Portugal entrou em processo de liquidação por imposição da Direção Geral da Concorrência da União Europeia no ano 2000 e tem sido gerida, desde então, por uma comissão liquidatária com mandato até 2025.
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