Costa da Caparica | Alimentação artificial das praias urbanas retoma em 2025

Protocolo entre APA e APL é assinado a 29 de Julho, com presença da Ministra do Ambiente e Energia, Maria Graça Carvalho

Na próxima Segunda-Feira, dia 29 de Julho, a partir das 14h30, realiza-se no Posto de Turismo da Costa da Caparica, a cerimónia de celebração do protocolo entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Administração do Porto de Lisboa (APL) com vista à alimentação artificial das praias urbanas da Costa da Caparica e da praia de S. João da Caparica, a efectuar em 2025.

A cerimónia conta com a presença de Inês de Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada (CMA), Carlos Correia, presidente da APL, e José Pimenta Machado, vice-presidente da APA. Marca também presença neste evento Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia.

Pelas 14h30, haverá uma breve apresentação do projecto de alimentação artificial das praias urbanas da Costa de Caparica e da praia de S. João, por Celso Pinto da APA, segue-se às 14h40 a cerimónia de assinatura do protocolo, e pelas 15h10 realiza-se uma visita ao ReDuna, o projecto municipal que promove o restauro e recuperação do sistema dunar, para protecção costeira, na praia de S. João da Caparica.

A celebração do referido protocolo insere-se na visita da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, ao litoral, para assinalar a época balnear, e visitar várias intervenções ambientais e investimentos da APA, efectuados em praias costeiras. A visita da comitiva passa pelos concelhos de Grândola, Setúbal e Almada. Mais especificamente pelas praias de Melides, do Portinho da Arrábida e de Galápos da parte da manhã, e da Costa da Caparica, à tarde. Pode aceder ao programa oficial aqui.

Um pouco de História

A alimentação artificial das praias da Costa da Caparica tornou-se necessária regularmente desde que a embocadura do Tejo, conhecida por golada do Tejo ou restinga do Bugio, foi eliminada. Esta ligação terrestre entre a Cova do Vapor, Trafaria, e o Forte de São Lourenço do Bugio, que actuava como um quebra-mar natural, foi eliminada em meados da década de 1940, devido à retirada dessa zona de grandes quantidades de areia, para a realização de aterros na margem direita do Tejo, entre Belém e Algés.

São muitos os caparicanos e almadenses que ainda se recordam de ir a pé até ao Bugio, na maré baixa, nessa língua de areia e sedimentos, formada pelo encontro entre o desaguar do rio Tejo e a ondulação das marés do Oceano Atlântico.

A eliminação da golada do Tejo, é apontada por muitos peritos como uma das causas da perda regular de areia, que se verifica actualmente nas praias urbanas da Costa da Caparica.

A recarga de alimentação artificial de areia nestas praias estava incluída no Programa Polis para a Costa da Caparica, onde era previsto que se efectuasse a cada dois anos. Desde 2019 que esta recarga não é efectuada.

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

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