APA e APL assinam protocolo na Costa da Caparica
Recargas de areia nas praias urbanas custarão 9 milhões de euros
No dia 29 de Julho, foi celebrado o protocolo entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Administração do Porto de Lisboa (APL) que prevê a deposição de 1 milhão de metros cúbicos de areia nas praias urbanas da Costa da Caparica e na praia de S. João da Caparica, em 2025. Será um aumento de 50 metros na largura destas praias, com um custo de 9 milhões de euros.
A cerimónia de assinatura do protocolo aconteceu no Posto de Turismo da Costa da Caparica e contou com a presença de Inês de Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada (CMA), Carlos Correia, presidente da APL, José Pimenta Machado, vice-presidente da APA e Maria Da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia.
Inserido no Plano de Acção Litoral XXI, e no Programa Sustentável 2030, o seu objectivo é “mitigar a erosão costeira e o risco para pessoas e bens, melhorando as condições de estabilidade da linha de costa, reduzindo a vulnerabilidade ao galgamento e inundação costeira e protegendo obras de engenharia costeira existentes, como os esporões. Com esta intervenção procura-se também melhorar a área recreativa e valorizar o litoral, através do aumento da largura da praia para uso balnear.”, pode ler-se no site da CMA.
Inês de Medeiros, presidente da CMA, saudou a assinatura do protocolo e a continuidade do programa de recarga de areia nas praias da Caparica. A alimentação artificial “é fundamental, não apenas para assegurar a qualidade ambiental das nossas praias, mas sobretudo para proteger de forma sustentável a nossa costa”, afirmou. “É muito importante que, tal como estava previsto em 2019, que agora em 2025 possamos voltar a fazer esta recarga. Ao contrário da ideia de algumas pessoas, isto não é areia que volta para o mar e não é dinheiro deitado à rua. Esta areia vai consolidando justamente o que se chama a praia subterrânea, e, de facto, nós sentimos que a praia se torna mais resiliente”, disse ainda a autarca.
Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia, que também marcou presença nesta cerimónia, afirmou que “são necessárias intervenções que permitam conciliar os benefícios que estes recursos [praias de boa qualidade] trazem às pessoas e à economia com a defesa do nosso património ambiental e natural. É neste equilíbrio que se constroem as bases do desenvolvimento sustentável”.
A ministra do Ambiente admitiu que as recargas de areia das praias da Caparica, em Almada, são fundamentais para preservar aquele património natural e reconheceu que se trata de um processo longo e contínuo que é preciso manter. “Claro que sabemos que é uma intervenção que, daqui a uns anos, voltaremos a fazer, mas é assim para proteger o nosso litoral”, disse Maria da Graça Carvalho
A governante fez ontem uma visita ao litoral, para assinalar a época balnear, e visitar várias intervenções ambientais e investimentos da APA, efectuados em praias costeiras. Antes da visita à Costa da Caparica visitou a praia de Melides, no concelho de Grândola, e as praias do Portinho da Arrábida e de Galápos, em Setúbal, para assinalar o aniversário do Parque Natural da Arrábida, celebrado no último Domingo.
Esta é “uma acção em que o Porto de Lisboa irá contribuir para melhorar as condições de segurança e ambientais e para valorizar este importante activo do concelho”, declarou Carlos Correia, presidente da APL.
José Pimenta Machado, vice-presidente da APA salientou os resultados obtidos durante a deposição de areia que aconteceu nos mesmos moldes em 2019. “Esta é a melhor forma de defender a zona costeira. É uma solução mais leve que dá frutos”, afirmou o vice-presidente.
Depois da assinatura do protocolo, houve uma visita ao ReDuna, na praia de S. João da Caparica, um projecto municipal de restauro, recuperação e salvaguarda do sistema dunar da praia de S. João e da Cova do Vapor. O projecto celebra dez anos, e tem provado que as plantas são essenciais para a robustez das dunas, aumentando a sua capacidade de retenção das areias, e tornando o cordão dunar mais resistente à erosão do vento e do mar.
As praias da Costa da Caparica têm sido alvo, desde 2007, de outras operações de alimentação artificial, a última das quais em 2019.
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