Inês de Medeiros não sabe governar Almada, mas pensa que consegue governar a capital do país
Em mais um acto inusitado de aparição ao estilo estrela cadente, Inês de Medeiros atirou-se desta vez ao presidente Carlos Moedas, sem perceber que nunca lhe chegará aos calcanhares tal é a sua insignificância e pequenez politica, apagando-se logo de seguida tal qual a mesma estrela no céu.
Já não há dúvidas que o cargo de presidente de Inês de Medeiros se tornou numa caricatura ridícula da política autárquica portuguesa. Com certeza, Eça de Queiroz, definiu exemplarmente nas suas obras o carácter calculista e oportunista de Inês de Medeiros, a presidente da câmara de Almada, que não perde uma oportunidade para aparecer e mostrar que está viva para a política.
Em mais um acto inusitado de aparição ao estilo estrela cadente, Inês de Medeiros atirou-se desta vez ao presidente Carlos Moedas, sem perceber que nunca lhe chegará aos calcanhares tal é a sua insignificância e pequenez politica, apagando-se logo de seguida tal qual a mesma estrela no céu.
A mesma estrela que alguns almadenses acharam que brilharia ao longo do mandato com obra feita, melhoria da sua qualidade de vida, mais prosperidade, mais desenvolvimento económico, mais emprego local, mais oportunidades para os jovens, mais limpeza, mais investimento nas pessoas e menos impostos locais.
Tudo não passou de efemeridade perante um mandato vazio de ideias, de estratégia e de soluções para o dia-a-dia das pessoas. É neste contexto, suficiente que baste, que a presidente Inês de Medeiros, que ocupa em simultâneo o cargo de vice-presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, cai no ridículo ao apontar aos outros o que lhe sobra em casa, entenda-se Almada.
Inês de Medeiros acusa Carlos Moedas, eleito presidente da câmara de Lisboa em 2021 pela coligação PSD/CDS-PP, de falta de resposta às pessoas sem abrigo. Estas suas declarações, chegam de uma pessoa que tem no seu concelho um dos casos mais graves e problemáticos no que se refere à proliferação de bairros de barracas, incluindo novas centralidades do género, debaixo dos seus olhos e sob o seu mandato, que a mesma por incompetência e desleixo, deixou crescer sem resolução à vista.
Atirar-se a Carlos Moedas é tão desnecessário, como demonstra falta de noção da realidade, ou no extremo, assume deste modo o papel de porteira de serviço do Partido Socialista. Tal como afirma Carlos Moedas, o PS anda desesperado, sem Governo, sem boys ou girls para colocar, e vê nas próximas autárquicas um tampão e abono de família para o vasto staff, que não sabe fazer mais nada na vida do que viver à custa da política.
Alguém um dia afirmou, confesso que não me recordo quem, que “o PS, por norma não governa, mas governa-se”. Uma frase sábia que demonstra toda a estratégia de desespero por parte o Largo do Rato, que dá instruções aos seus pontas de lança nas autarquias, neste caso da grande Lisboa. Não andasse o Partido Socialista colado a discursos extremistas com agendas florais, e talvez tivesse mais apoio do povo e começasse a subir nas sondagens.
Como afirma Carlos Moedas em resposta a Inês de Medeiros, quando o mesmo chegou à governação da câmara de Lisboa, o antecessor, por coincidência do Partido Socialista, de seu nome Fernando Medina para quem esteja esquecido, deixou 800 vagas de acolhimento, bem menos que as actuais 1200.
Sabemos que os socialistas não são lá muito bons a fazer contas (por ex: António Guterres e Mário Centeno), mas parece-nos que aqui não será bem uma questão de interpretação matemática, mas simplesmente a tentativa de lançar lama para o discurso político em jeito de desespero.
Uma vez que como em Almada nada tem para dizer ou apresentar, centra-se em Lisboa e no trabalho dos outros; ou então, quiçá, Deus livre os lisboetas, Inês de Medeiros sonha voar para os Paços do Concelho ali na Baixa de Lisboa. Seria algo que não admiraria, não só pela ambição, mas, sobretudo pela falta de noção, aproveitando morar em Lisboa, sendo que assim não teria de fazer os fretes diários de se deslocar até à Margem Sul, apesar de estar apenas a vinte minutos.
Se tudo isto não fosse ridículo, embora a isso estejamos já habituados em Almada, afirma ainda Carlos Moedas que das duas reuniões da Área Metropolitana de Lisboa para tratar do assunto em apreço, Inês de Medeiros esteve ausente em ambas, demonstrando que apenas quer fazer barulho, mostrar serviço e muito possivelmente não desaparecer politicamente da grande Lisboa, como há muito já desapareceu de Almada. Simplesmente anedótico e out of time.
Em conclusão, Inês de Medeiros não sabe governar a sua casa, mas sabe dar palpites em como governar a casa dos outros.
Almada Online, António Pedro Maco, CDS-PP, Crónica, Opinião