Museus em Almada, imperativo conhecer
Um museu mostra-nos nas suas exposições, o que de melhor a sociedade produz enquanto coletivo e/ou o que um individuo, ou indivíduos em particular, num determinado momento, produzem ou produziram em cada momento de um determinado período temporal.
Quem me conhece sabe que sou frequentador de museus, seja em Portugal, seja noutros países. Um museu é sempre uma porta aberta para o conhecimento da História de um país, de uma região, de um povo, para o conhecimento da Arte com caráter estético, como a pintura, a dança, a música, o cinema, a literatura, a arquitetura, et cetera. Um museu mostra-nos nas suas exposições, o que de melhor a sociedade produz enquanto coletivo e/ou o que um individuo, ou indivíduos em particular, num determinado momento, produzem ou produziram em cada momento de um determinado período temporal.
Em toda a região da área metropolitana de lisboa podemos encontrar (bons) museus, o concelho de Almada não é exceção. A título de exemplos, entre outros, encontramos o Solar dos Zagallos, o Convento dos Capuchos, a Galeria Municipal de Arte, o Almada Naval Museum, o Sitio Arqueológico Quinta do Almaraz, a Oficina da Cultura, a Galeria Municipal de Arte, o Museu da Água – SMAS de Almada, o Museu de Almada – Covas de Pão, a Fragata D. Fernando II e Gloria, a Casa da Cerca, e o Museu de Almada – Casa da Cidade.
No entanto, será sobre o Museu de Almada – Casa da Cidade que irá recair agora a nossa atenção. O Museu de Almada – Casa da Cidade está situado na Praça João Raimundo, na Cova da Piedade, e está aberto ao público de terça-feira a sábado das 10h às 13h e das 14h às 18h.
Inaugurado em 2003, a Casa da Cidade constitui o núcleo sede do Museu de Almada. Inclui uma área de exposição de longa duração com narrativas sobre o concelho e uma área de exposições temporárias. Neste museu encontra-se, desde o passado dia 26 de outubro, e até 29 de março de 2025, uma exposição intitulada “Filhos do Meio – Hip Hop à Margem”, que ocupa os dois pisos da ala de exposições temporárias da Casa da Cidade. É uma exposição a não perder, do melhor que já vi, incluindo fora de Portugal.
Sobre esta exposição, pode ler-se no sítio da Camara Municipal de Almada, que reproduzo, pois não diria melhor:
“A exposição integra-se nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 e também assinala os 30 anos da coletânea RAPublica, a primeira compilação de rap português, lançada em 1994. Pretende dar uma leitura sobre a identidade almadense, integrando os movimentos culturais propiciados pela Revolução de 1974, estimulados pela vinda de novas populações e a sua reprodução no concelho de Almada, destacando o contributo da cultura hip hop que aí se alicerça e dando expressão a zonas geográficas e culturais do concelho menos conhecidas do público em geral. A linha condutora, incide no pós-25 de Abril porque é nessas dinâmicas juvenis propiciadas também pelas gerações mais novas que os processos criativos se foram construindo ao longo destes 50 anos, num intercâmbio permanente com realidades territoriais semelhantes em espaços que cruzam Almada e a Costa da Caparica com os concelhos da península de Setúbal e da Área Metropolitana de Lisboa.”
Esta exposição reúne de forma eficaz e percetível, artefactos e um conjunto de fotografias que nos mostram a história do rap, do breaking, do graffiti e do DJing no concelho de Almada.
Visitar um museu permite-nos ver um mundo de qualidade, ajuda-nos a viajar no tempo, é uma ótima opção de lazer e uma fonte de inspiração para a vida.
Fica o repto: visitem os museus do concelho de Almada, são bons, têm qualidade internacional, são inspiradores e, claro, não esqueçam, visitem a exposição “Filhos do Meio – Hip Hop à Margem”, no Museu de Almada – Casa da Cidade.
Almada Online, Crónica, Opinião, Pedro Dias Pereira, PS