Pragal | Estabelecimento nas Torcatas novamente inundado
A cervejaria de Acácio Quaresma voltou a inundar, apesar das obras de requalificação da Av. do Cristo Rei. Mau tempo sentiu-se em todo o concelho de Almada
A Cervejaria Camponesa Do Alva foi novamente inundada, na Terça-Feira 23 de maio, desta vez não pelo rebentamento de uma conduta como aconteceu a 29 de Abril, mas pela chuva intensa que se fez sentir.
O seu proprietário, Acácio Quaresma, declarou ao Almada Online que “mal choveu entrou aqui água. Falei com os SMAS, o piquete, a protecção civil, a policia e, enviei um email para o Gabinete da Presidência da Câmara Municipal de Almada, para ver se tenho alguma resposta a este problema”.
Acácio conta-nos que “isto é uma situação recorrente quando chove muito, mas não desta forma tão rápida. Normalmente demorava uma, duas, três horas de chuva ininterrupta até inundar. Agora com as obras a rotunda está feita de forma que a água vem toda encaminhada na direcção do estabelecimento.”
“Quero manifestar mais uma vez o meu desagrado sobre as obras efectuadas nas Torcatas. É Lamentável isto acontecer cada vez que chove e ninguém das autoridades competentes aparece para prestar auxílio. Este é o meu local de trabalho e preciso dele operacional para prestar um serviço de qualidade aos clientes”, diz Acácio. Os clientes que se encontravam na cervejaria e os empregados foi quem retirou a água do estabelecimento.
“Há sempre prejuizos mas agora estava mais cauteloso. Tenho falhas de electricidade, veio cá o electricista que disse que o sistema eléctrico deve estar com humidade e levou-me 100 e tal euros. Não posso ir por aí fora a esburacar as paredes. Sinto-me desiludido e em baixo.”, confessa.
As obras de requalificação da Avenida do Cristo-Rei estão quase terminadas, mas Acácio acha “que estas inundações são a prova em como estão mal feitas”. Anteriormente “houve ali uma tampa que os carros não podiam passar junto à passadeira e tive de usar umas cadeiras da cervejaria e uma grades das obras para sinalizar aquele buraco. Liguei para os SMAS e disse-lhes que era responsabilidade deles se alguém ali caisse, era fundo. Estiveram cá os engenheiros da obra, o director dos SMAS, o José Pedro Ribeiro. Dizem que têm de estudar melhor isto. Qualquer dia as obras estão terminadas e fica assim.”
A obra de Requalificação da Avenida do Cristo rei arrancou em Novembro de 2022, com um valor total de 1.234.000.00€ (um milhão duzentos e trinta e quatro mil euros) visando a renovação das redes de abastecimento de água e drenagem de águas residuais e pluviais, a pavimentação integral, bem como a reestruturação urbanística e paisagem da Avenida. A empreitada tem tido várias fases de execução desde então, que tem obrigado a cortes frequentes no abastecimento de água, encontrando-se neste momento prestes a ser terminada.
Esta empreitada tem também por objectivo “a redução das perdas de água, com a eliminação de infraestruturas antigas e de materiais obsoletos e a substituição por novas condutas e ramais que permitirão melhorar o desempenho, a qualidade e a eficiência do serviço prestado aos utilizadores. A substituição de colectores para drenar as águas residuais domésticas e pluviais, em sistema separativo, irá também abranger a remodelação das ligações a edifícios de habitação, comércio e serviços, à rede pública municipal existente.”, pode ler-se no site dos SMAS de Almada.
Mau tempo assolou todo o concelho
Trovoada, granizo e chuva intensa. Na tarde de Terça-Feira 23 de Maio, Almada foi afectada pelo mau tempo, que motivou alguns constrangimentos e inundações.
As redes sociais foram inundadas com fotografias e vídeos da chuvada e sobretudo da queda de granizo, que muitos almadenses diziam ser “do tamanho de avelãs”.
No Almada Forum a zona da restauração foi afectada com infiltrações e, em algumas zonas choveu mesmo dentro do centro comercial, obrigando quase todos os restaurantes a fecharem as portas. Todo o piso superior e zonas de estacionamento sofreram infiltrações e, eram visíveis poças no chão que dificultavam a circulação de pessoas e veículos.
A zona da Cova da Piedade também sofreu com a chuva intensa, fazendo com que a estrada principal se tornasse num pequeno rio, quase intransitável, tendo a circulação rodoviária sido obrigada a circular a baixas velocidades. No entanto, moradores da zona afirmaram nas redes sociais que “agora está muito melhor, há anos atrás antes do Parque da Paz ser construído, era necessário colocar barreiras de metal nas entradas dos estabelecimentos comerciais e das casas perto do jardim.”
