Pragal | Luís Montenegro visitou o Hospital Garcia da Orta
Na passada Segunda-Feira, o Conselho de Administração do HGO recebeu o Presidente do Partido Social Democrata, e a sua comitiva numa reunião e posterior visita
No âmbito de uma iniciativa de quatro dias dedicados à Saúde, o líder social-democrata Luís Montenegro efectuou uma visita ao Hospital Garcia de Orta (HGO), na passada Segunda-feira dia 3 de Julho. O Conselho de Administração do HGO recebeu o Presidente do Partido Social Democrata, e a sua respectiva comitiva.
Na reunião efectuada, foram abordados vários temas-chave do dia-a-dia da gestão hospitalar, e o líder do PSD apresentou e entregou, um documento de reflexão estratégica que comporta propostas e medidas concretas do PSD para a Saúde.
A seguir à reunião, foi realizada uma visita à instituição, com paragem nos Serviços de Oncologia e de Medicina Nuclear, onde puderam ser destacadas suas principais valências e aspectos distintivos e inovadores dos mesmos.
No final da visita, Luís Montenegro, declarou aos jornalistas querer fazer um pacto “com os portugueses” e com todos os responsáveis na área da saúde, incluindo “todos os partidos políticos”, para resolver os problemas do sector. “Não somos de andar com fogachos para fazer desafios”, acrescentou, dizendo preferir levar a cabo um “projecto de transformação” do sector de forma “responsável, serena e consistente”.
O presidente do PSD reiterou a necessidade de incorporar no discurso político a complementaridade entre sectores público, privado e social, defendendo que tal já se verifica na práctica. “Há um equívoco na política portuguesa: temos um Governo, um primeiro-ministro, um PS, que está permanentemente a insistir nessa vertigem estatizante da saúde, mas no dia-a-dia é confrontado com a realidade e, não tendo capacidade de resposta, vai a correr para os braços do sector social e privado“, apontou.
Dando o exemplo do hospital que visitou, Montenegro afirmou que “várias das recuperações de listas de espera, cuidados continuados e paliativos” estavam na Segunda-feira passada, a ser contratualizados com entidades sociais e privadas. “O que nós queremos é que isto não seja um jogo escondido, o que nós queremos é isto que já está pré-concebido em termos sistémicos”, disse, avisando que “hoje o SNS já nem vive sem o sector social e privado”, defendendo que tal seja dito com as “letras todas, num jogo aberto” de diálogo do Estado.
Depois de ter apresentado um documento intitulado Agenda Mobilizadora 2030/2040 para a saúde, Montenegro reiterou que, pelo menos com a participação do PSD, ninguém irá “vender a ilusão” de que é possível resolver os problemas do sector de um dia para o outro, embora assegurando que o partido também tem “soluções para o amanhã”. “Mas não queremos andar aqui com remendos, a política de remendos dá cabo do SNS, é preciso uma política estratégica, consistente e que demora anos a implementar. Não vimos aqui enganar ninguém com soluções de remedeio“, avisou.
Montenegro prossegue esta Quarta-Feira a sua agenda dedicada à saúde na Trofa, culminando na Quinta-Feira com um agendamento parlamentar do PSD sobre Saúde, em que o partido levará a voto cinco recomendações ao Governo com propostas mais imediatas, como o reforço do SNS, a generalização dos médicos de família, o acesso a medicamentos e cuidados continuados e paliativos e, a redução das listas de espera para cirurgias, consultas e exames.
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