Terra voltou a tremer esta Terça-Feira
IPMA registou duas réplicas do sismo de Segunda-Feira, na Lagoa de Albufeira e na Aroeira
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a terra voltou a tremer, na Terça-Feira de manhã, perto da zona onde se registou o sismo de ontem, que se fez sentir de Coimbra a Faro. Foram registadas duas as réplicas em menos de uma hora.
A primeira réplica, de magnitude 2,4 na escala de Richter, com epicentro a cerca de 12 quilómetros a sudoeste do Seixal, aconteceu às 10h36, a três quilómetros de profundidade. Este sismo foi sentido com “intensidade máxima II/III, na escala de Mercalli modificada, no concelho de Sesimbra”, perto da Lagoa de Albufeira. Foi, também, sentido com menor intensidade em Lisboa, Almada e Palmela.
A segunda réplica, de magnitude 1,8, também com epicentro a sudoeste do Seixal, registou-se 58 minutos depois da primeira, às 11h34 na Aroeira, Charneca da Caparica, e não foi sentido pela população.
Até ao momento não há danos pessoais ou materiais a registar.
O sismo de 4,7, registado ontem, teve o epicentro a 14 quilómetros a sudoeste do Seixal e aconteceu a 22 quilómetros abaixo da superfície. Este abalo eclodiu numa falha tectónica paralela à Falha da Arrábida, responsável pelo relevo da serra, e surgiu de um movimento de falha inversa, que acontece quando um bloco rochoso sobe em relação ao outro. Este sistema de falhas está ligado ao sistema de falhas do Vale Inferior do Tejo, considerado pelos peritos como “muito perigoso.”
A escala de Mercalli modificada varia de 1 a 12 pontos e é uma escala qualitativa, usada para determinar a intensidade de um sismo a partir dos seus efeitos sobre as pessoas e sobre as estruturas construídas e naturais.
Já segundo a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).


