Almada | De Mary para Mary
Em cena na Sala Experimental do TMJB nos dias 18 e 19 de Janeiro, Sábado às 21h e Domingo às 16h
A companhia de Lisboa, A Barraca, inaugura a programação teatral de 2025 do Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB), com um texto de Paloma Pedrero: De Mary para Mary, interpretado por Rita Lello, com direcção de Maria do Céu Guerra. As duas sessões da peça já se encontram esgotadas.
De Mary para Mary é um monólogo criado pela actriz, encenadora e dramaturga espanhola Paloma Pedrero (n. 1957), que ficcionaliza as últimas horas de Mary Wollstonecraft (1759-97), mulher de concepções ousadas, mesmo revolucionárias (por ex: no domínio da emancipação feminina), para a sua época, e mãe da famosa escritora Mary Shelley (1797-1851), autora de Frankenstein. O texto de Pedrero parte da circunstância de Mary (mãe) ter falecido 11 dias após o nascimento de Mary (filha), na sequência de complicações ocorridas durante o parto. A partir daí, e a partir da biografia e convicções públicas (e publicadas) da figura histórica Mary Wollstonecraft, imagina uma conversa (de uma só direcção), que também poderia ser uma carta, ou um testamento redigido, ou umas ‘disposições finais’ da mãe para a filha recém-nascida, como se ali e daquele modo deixasse inculcado na mente da filha a mulher em que ela se deveria tornar, que ela deveria vir a ser. Mary para Mary (título original) foi escrita no ano 2000 e, segundo Pedrero, inscreve-se na sua vontade de “fazer um teatro de guerrilha”. Esta criação d’A Barraca venceu o Prémio do Público para Melhor Espectáculo no Festival Litoral Em Cena 2023.
Actriz, encenadora e dramaturga, Paloma Pedrero (n. Madrid, 1957) foi co-fundadora em 1978 do grupo Cachivache, para o qual escreveu várias peças. Em 1985 fundou a sua própria companhia, o Teatro del Alma, a que se seguiu a organização Caídos del Cielo, dedicada a apoiar, através do teatro, pessoas em risco de exclusão social. Premiada com a peça La llamada de Lauren, em 1987, soma já mais de trinta peças, sendo uma das dramaturgas mais representadas em Espanha. A sua estreia em Portugal deu-se em 2004, no Festival de Almada, onde o Útero apresentou Cachorros de negro mirar, com direcção de Miguel Moreira.

Ficha técnica e artística
Texto: Paloma Pedrero
Tradução: Rita Lello
Direcção: Maria do Céu Guerra
Dramaturgia: Maria do Céu Guerra, Rita Lello
Interpretação: Rita Lello
Figurino: Marta Iria
Desenho de Luz: Vasco Letria
Fotografia: Ricardo Rodrigues, Gisela Benjamim
Duração: 75 minutos
Classificação M/14
Preço: entre 9,10€ e 13€ (Clube de Amigos: 6,50€)
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