Almada | Exposição terra_
A exposição comemorativa dos 50 anos de elevação de Almada a cidade está patente na Oficina da Cultura de 3 de Junho a 1 de Julho
A esposição terra_ está patente na Oficina da Cultura até dia 1 de Julho. Esta é uma mostra que comemora os 50 anos de elevação de Almada a Cidade. É um projecto com curadoria e realização de dois cursos de escolas do concelho: o Curso Profissional de Técnico de Multimédia, do Agrupamento de Escolas Francisco Simoes e o Curso Científico Humanístico de Artes Visuais, do Agrupamento de Escolas Emídio Navarro.
Esta é a nossa terra.
É aqui que nascemos, é aqui que vivemos, é aqui que trabalhamos. É aqui que nos divertimos, sofremos, amamos, morremos. Esta é a terra que é igual a todas as outras, mas diferente em tudo. Esta terra cheira a terra molhada quando chove ou a maresia quando o vento se põe de feição. As pessoas são iguais às de todas as outras terras e diferentes em tudo. Gente que veio de fora para aqui ficar e gente que parte e teima em regressar. O nosso mar é igual a todo o mar, mas diferente de todos os mares. Temos tanta coisa mal e tanta coisa boa. As nossas ruas são especiais. São diferentes. Mais feias. Mais bonitas. Nestas ruas caminha-se da mesma forma que em todas as outras ruas de cidades iguais e diferentes da nossa. Mas as nossas ruas têm estradas e calçada e hortas e têm rio e têm mar. À nossa terra falta-lhe ainda tanto, mas a nossa terra tem tudo.
Quando caminhamos nas nossas ruas, olhamos em volta e vemos coisas. Grandes, pequenas, médias, bonitas, menos bonitas, coisas que precisavam de mudar e outras coisas que já mudaram. Algumas dessas coisas fazem parte da nossa vida ou da nossa história e muitas delas contam-nos estórias. Do passado, do presente e do futuro. Entre essas coisas, há pinturas modernas ou antigas; há esculturas modernas ou antigas; há edifícios modernos ou antigos; e, há pessoas que vivem essas coisas e algumas até construíram essas coisas. Há quem lhe chame património. Também podemos chamar-lhes, as coisas da nossa terra.
Há coisas da nossa terra da área da arquitetura, da área do urbanismo, da área da arqueologia e há coisas da nossa terra que são móveis e outras coisas que são imateriais. Há artistas plásticos e músicos e escritores e grafitters e ilustradores e fotógrafos e gente do Teatro e do Cinema e da Moda e do Design e de outras áreas. O que queremos é sair das nossas escolas com os nossos alunos e convidar toda esta gente para se juntar e produzir obras em conjunto reunindo os saberes e os querer saber de uns e outros. Vamos filmar gente da nossa terra que dança e vamos fazer fotografias a monumentos e vamos fazer cenários para espectáculos de música e vamos fazer muitos desenhos e muita pintura e vamos fazer filmes sobre o nosso rio.
Com muita gente da nossa terra e outra gente que gosta muito da nossa terra, vamos olhar com olhos de ver e acrescentar à nossa história outras estórias que serão memórias do que se vai passar.
E, no fim, a nossa terra vai ficar, ainda, mais rica.
A exposição conta com algumas actividades complementares. Dia 16 de Junho pelas 21h, o Concerto “a terra__ em sons” traz João Lima na guitarra portuguesa, guitarra clássica e voz ,e José Budah no Videomapping à Oficina da Cultura. Dia 22 de Junho pelas 18h realiza-se uma visita guiada à Quinta de Almaraz sob o título “De Volta às Origens“, com a arqueóloga Ana Olaio. A 1 de Julho às 11h, será feita uma visita guiada ao núcleo experimental da exposição “Este é o meu Lugar” na EBS Francisco Simões, com o artista Carlos Ribeiro. Também a 1 de julho mas às 16h terá lugar uma Conversa sobre a Cidade com o investigador do Centro de Arqueologia de Almada, Francisco Silva, na Oficina da Cultura.
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