Marinha tem novo 2º Comandante Naval
O contra-almirante José Diogo Arroteia tomou posse no dia 30 de Agosto no Alfeite
O contra-almirante José Diogo Arroteia tomou posse na passada Terça-Feira, dia 30 de Agosto de 2022, como 2.º Comandante Naval, numa cerimónia realizada no Jardim do Palácio do Alfeite, presidida pelo Vice-almirante Nuno Chaves Ferreira, Comandante Naval.
O contra-almirante Diogo Arroteia ingressou na Marinha em 1985. Desempenhou diversos cargos ao longo da sua carreira, sendo de destacar o de Chefe a Divisão de Comunicações e Sistemas de Informação do Comando Naval. Em 2016 assumiu o Comando da Esquadrilha de Navios de Superfície, prestou, igualmente, o cargo de Chefe da Área de Planos do Comando Conjunto para as Operações Militares (CCOM). Recentemente desempenhou, entre outras funções, o cargo de Director do Centro integrado de Treino e Avaliação Naval e comandou a Força Naval da Operação Atalanta.
Ao longo da sua carreira naval foi agraciado com diversas condecorações, incluído o título de Comendador da Ordem de Avis, assim como medalhas de Serviços Distintos Prata, Mérito Militar, Cruz Naval, Comportamento Exemplar, Medalha ATALANTA, Medalha NATO e diversas medalhas de comissões de serviço especiais.
Contra-almirante é um posto de oficial, nas forças navais de vários países. Normalmente, corresponde ao primeiro posto permanente de oficial general sendo imediatamente inferior a vice-almirante.
A designação “contra-almirante” tem origem no facto de, antigamente, o navio-chefe do almirante de uma frota, normalmente posicionar-se no meio da formação naval. O navio do segundo comandante da frota (o vice-almirante) posicionava-se na vanguarda da formação e o do terceiro comandante (o contra-almirante) na retaguarda. Quando a formação tinha que reverter a direcção de deslocação – passando a deslocar-se na direcção contrária ou “contra-direcção” – o contra-almirante passava a liderar a vanguarda da frota. Por essa razão, nos países de língua Inglesa, o posto é denominado “rear-admiral” (literalmente “almirante da retaguarda”).
O Comando Naval é chefiado por um vice-almirante, que está directamente subordinado ao Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada. É o comando da componente naval das Forças Armadas Portuguesas, funcionando como comando operacional da Marinha Portuguesa. Tem por missão apoiar o exercício do comando por parte do Chefe do Estado-Maior da Armada, tendo em vista: a preparação, o aprontamento e a sustentação das forças e meios da componente operacional do sistema de forças da Marinha Portuguesa; o cumprimento das missões particulares aprovadas, de missões reguladas por legislação própria e de outras missões de natureza operacional que sejam atribuídas à Marinha; a articulação funcional permanente com o Comando Operacional Conjunto das Forças Armadas Portuguesas, incluindo as tarefas de coordenação administrativo-logísticas, sem prejuízo das competências próprias do Chefe do Estado-Maior da Armada.