Monumento aos ex-combatentes, tardou mas chegou

Por proposta do CDS-Partido Popular há muito apresentada em Almada, como acontece em muitos concelhos pelo país, e como era desejo da Liga dos Combatentes e demais organizações militares, o concelho - e sobretudo todos aqueles que foram enviados para combater nos mais variados teatros de guerra - tem agora um monumento em honra dos ex-combatentes localizado no Laranjeiro, que teve honras de inauguração no passado mês. 

Finalmente. Tardou mas chegou. Os ex-combatentes já têm um memorial no qual podem evocar todos aqueles que pereceram e que sobrevivendo, regressaram com várias mazelas fisicas e também psicológicas, que os acompanharão para a vida toda, às quais se junta a angústia das suas famílias.

Como acontece em muitos concelhos pelo país, por proposta do CDS-Partido Popular há muito apresentada em Almada, e por desejo da Liga dos Combatentes e demais organizações militares, o concelho – e sobretudo todos aqueles que foram enviados para combater nos mais variados teatros de guerra – tem agora no Laranjeiro um monumento em homenagem aos ex-combatentes, que teve honras de inauguração no passado mês. 

Não vou discutir a arquitectónica do mesmo, talvez se pudesse ter optado por algo diferente, com mais notoriedade estética. São gostos, não a vou discutir sob o risco de desviar as atenções do tema, ou até mesmo ser mal interpretado.

O que interessa é que actualmente, todos os que queiram relembrar e homenagear os seus combatentes, e as famílias que muito sofreram e se angustiaram com os seus entes queridos enviados em missões de guerra, o podem fazer publicamente.

O dia 18 de Janeiro, ficará para sempre não só registado como a inauguração do seu memorial, mas com certeza, será o dia municipal do ex-combatentes que se recordará e homenageará junto ao mesmo. 

O Guerreiro (assim foi intitulado pela câmara municipal), de autoria de João Cutileiro, deve homenagear não só os antigos combatentes da guerra do ultramar, mas todos os guerreiros e combatentes militares que morreram no exercício das suas funções, muitos deles de forma involuntária, enviados para guerras maioritariamente sem sentido, que a diplomacia não teve arte ou engenho em evitar. Os antigos combatentes, sobreviventes ou falecidos, e a dor e sacrifício das suas famílias, não se podem resumir a qualquer estigma ou preconceito ideológico, como alguns querem fazer crer.

O monumento inaugurado no Laranjeiro a 18 de Janeiro, não limita apenas aos combatentes da Guerra Ultramarina, relembrando também o papel fundamental que os combatentes da Grande Guerra tiveram na liberdade dos povos e consolidação da democracia, contra totalitarismos que desprezam a autonomia dos estados e a independência dos povos. 

Devemos também relembrar os antigos militares que em tempos mais recentes foram responsáveis e participaram na libertação de nações e povos, contra regimes opressores e sanguinários, cujo poder e riqueza era fruto das atrocidades inflingidas aos seus povos.

O monumento agora erguido em Almada, representa todos eles, todos os militares e todos os ramos das forças armadas portuguesas. O simbolismo da paz, por vezes atingida através da força, nunca deve ser esquecido, e deve ter-se sempre como única finalidade a sua manutenção e conservação. A guerra, só deve ter lugar quando a razão deixa de ser capaz de evitar males maiores.

As forças armadas são um pilar essencial em todos os Estados, pois são o garante da manutenção da Liberdade dos povos, assegurando a Democracia, mesmo nos casos em que uma intentona, como a de Abril de 1974, seja o único caminho possível para a Liberdade, como então se libertou Portugal de um regime à beira da capitulação social e económica. 

No caso de Almada, esta mais que merecida homenagem, solidificará para sempre, o respeito e a gratidão do povo almadense por aqueles que perderam as suas vidas ou regressaram diferentes.

Estou satisfeito, apesar do longo tempo de espera e da muita pressão necessária, para que estes homens e mulheres pudessem ter a homenagem prometida e merecida. A todos eles e elas, o meu profundo agradecimento do tamanho da alma infinita. 

Mama Sume!

António Pedro Maco

Deputado Municipal eleito pelo CDS-PP na Assembleia Municipal de Almada

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