XIV Congresso do Livre na Costa da Caparica

No Congresso do partido Livre será votado o Programa Eleitoral do Livre para as Eleições Europeias de 2024, apresentada a sua lista de candidatos a Bruxelas, que já se encontra fechada. Serão também eleitos os novos órgãos do Livre para o mandato de 2024-2026. O Congresso será em formato híbrido e discutirá 25 Moções de carácter específico, dedicadas a temas variados.

O Congresso arranca oficialmente na Sexta-Feira à noite em formato exclusivamente online para a votação do regimento do congresso, com o debate político a ficar reservado para Sábado e Domingo. As eleições europeias, a melhoria do processo de primárias abertas e o crescimento consolidado do Livre após a eleição de um grupo parlamentar nas últimas legislativas deverão marcar o fim-de-semana.

Depois de ter alcançado o seu melhor resultado de sempre nas últimas legislativas, conquistando pela primeira vez um grupo parlamentar, constituído por Rui Tavares, Isabel Mendes Lopes, Jorge Pinto e Paulo Muacho, os membros e apoiantes do Livre reúnem-se para eleger os novos órgãos para o mandato de 2024-2026 e aprovar o programa eleitoral para as eleições europeias, marcadas para 9 de junho.

A lista às europeias está fechada e será encabeçada pelo dirigente Francisco Paupério, após um processo de primárias abertas, marcado por alguma polémica e discórdias internas. Paupério venceu as primárias com uma quantidade significativa de votos únicos de não militantes do partido, o que levou a Comissão Eleitoral a levantar dúvidas sobre uma eventual “viciação de resultados” na primeira volta e a propor que apenas militantes votassem na segunda volta, o que acabou por não acontecer.

O aperfeiçoamento das primárias será certamente um dos temas que marcará o XIV Congresso do partido, sendo uma preocupação manifestada pelas três listas candidatas ao Grupo de Contacto (direcção), órgão executivo do Livre. Alterações concretas, contudo, ficarão reservadas para um eventual congresso estatutário.

O Grupo de Contacto é composto por 15 membros, eleitos de acordo com o método de Hondt, sendo por isso certo que contará com membros de várias correntes internas.

A lista A é encabeçada pela líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes, seguindo-se o deputado e fundador Rui Tavares, o parlamentar Jorge Pinto e ainda a dirigente Filipa Pinto, a número dois às eleições europeias.

A lista B é encabeçada pela dirigente Natércia Lopes, que faz parte da actual direcção, à semelhança dos membros Rodrigo Brito e Patrícia Robalo, que na última reunião magna electiva, há dois anos, também apresentaram uma segunda lista candidata ao Grupo de Contacto.

A lista C é encabeçada por João Manso e em segundo lugar surge Irene Gomes, dois membros que no último congresso electivo fizeram parte da então lista ‘B’, e que desta vez decidiram avançar com uma candidatura autónoma.

Mais políticas públicas de habitação; um referendo nacional sobre a regionalização em 2026; o desporto como “espaço de cooperação, inclusão, igualdade e liberdade”; o combate ao discurso de ódio; “mais ecologia na acção política do Livre”; a criação de programas de apoio ao exercício da actividade jornalística; são alguns dos temas das 25 moções levadas a congresso.

Pode aceder aqui a toda a informação sobre o programa do Congresso, as listas concorrentes ao Grupo de Contacto e as moções levadas a discussão.

Segundo dados divulgados pelo partido à Lusa, o Livre conta actualmente com um total de 1.900 militantes a nível nacional. 

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