Retomadas buscas por dois pescadores desaparecidos no rio Tejo

O dispositivo de buscas está montado em Cacilhas, na Margueira, e retomou as buscas às 8h

As buscas pelos dois pescadores desaparecidos, que seguiam na embarcação de pesca que colidiu Segunda-feira, com um catamarã de passageiros no rio Tejo, foram retomadas esta Terça-Feira, 7 de Janeiro às 8h, informa a Autoridade Marítima Nacional (AMN) em comunicado.

Segundo declarações aos jornalistas do Capitão do Porto de Lisboa, Paulo Vicente, “os desaparecidos são dois homens, de 26 e 32 anos” indicando “que passadas estas horas” a probabilidade de os encontrar com vida é “extremamente reduzida ou negativa.”

“Nas operações de busca estão empenhadas duas embarcações da Estação Salva-vidas da Capitania do Porto de Lisboa, uma da Estação Salva-vidas de Cascais, uma do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB) e duas dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas (BV Cacilhas)”, pode ler-se no comunicado da AMN

“Estas cinco embarcações vão cobrir toda a zona onde se deu o acidente. Entretanto, já se deu um ciclo de maré, que vai começar a vazar. Vamos aproveitar este ciclo da vazante, vamos varrer toda a zona quer da margem através de patrulha da polícia marítima, quer com estas cinco embarcações. Vamos esperar pelos bons resultados”, afirmou o responsável pelas buscas, indicando que as operações estão também a recorrer a drones. “Vamos ter também patrulhas apeadas e vamos ter, sobretudo, muitos olhos no rio, porque há muita actividade no rio Tejo”, acrescentou.

O perímetro de buscas “é a área que vai desde Lisboa até ao Seixal e Barreiro, há aqui canais muito próprios, que têm dinâmicas muito próprias, até na morfologia do fundo, do fluxo das correntes, o canal do Barreiro, o canal do Seixal, o canal da Quimigal, o canal do Alfeite.”, exemplificou Paulo Vicente.

O Capitão do Porto de Lisboa declarou também que não foi assinalada a “necessidade de ter um meio aéreo, um helicóptero”. Este “foi accionado logo no início para tentar encontrar os desaparecidos ainda com vida.”

O barco de pesca “Bina” que esteve envolvido no acidente foi rebocado durante a noite para o Cais de Cacilhas, onde será sujeito a perícias.

“O Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima foi activado e encontra-se a prestar apoio aos familiares das vítimas”, informou a AMN no seu comunicado de hoje.

A investigação das causas do acidente, e possíveis quebras nas regras de segurança e de navegação que possam estar na sua origem, está a decorrer, e a Polícia Marítima “já ouviu todas as partes”. Neste momento não foram adiantados mais pormenores, pois “o foco da missão é encontrar os corpos dos pescadores.”

Sofia Quintas

Directora e jornalista do Almada Online

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